Criptomoedas

Primo Rico e Vinheteiro vendem Bitcoin; um deles se arrependeu

Primo Rico e Vinheteiro anunciaram a venda de suas posições em Bitcoin, mas apenas Vinheteiro se arrependeu e recompra 6 BTC.

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Os influenciadores Tiago Nigro, conhecido como Primo Rico, e Fabrício André Di Paolo, o Lord Vinheteiro, recentemente anunciaram que venderam suas posições em Bitcoin. No entanto, apenas um deles se arrependeu e decidiu recomprar.

Primo Rico, um influenciador de finanças com milhões de seguidores, afirmou que vender seu Bitcoin foi uma das melhores decisões que já tomou. Em contraste, Lord Vinheteiro, influenciador da área de música e entretenimento, declarou que vendeu suas 6 unidades de Bitcoin devido à insuportável volatilidade do mercado, mas logo se arrependeu e recomprou ao preço de US$ 51 mil.

A decisão de vender Bitcoin por parte dos influenciadores foi impulsionada por um medo generalizado de recessão nos EUA e uma alta nas taxas de juros no Japão, o que resultou na pior queda semanal do Bitcoin desde o colapso da FTX em 2022. Esses eventos macroeconômicos aumentaram a aversão ao risco entre os investidores, levando muitos a liquidarem suas posições em ativos digitais.

Tiago Nigro, conhecido por compartilhar abertamente sua carteira de investimentos com seus seguidores, mencionou que, historicamente, ele preferia o Bitcoin a outros ativos, como o ouro, para se proteger de calamidades financeiras. Embora Nigro também tenha investimentos em Ethereum, ele não informou se vendeu seus Ethers recentemente.

Lord Vinheteiro, por outro lado, expressou sua frustração com a volatilidade do mercado de criptomoedas. Ele inicialmente vendeu suas 6 unidades de Bitcoin, declarando que a volatilidade estava causando-lhe depressão e que nunca havia visto tanta instabilidade no mercado. No entanto, pouco depois, Vinheteiro voltou atrás em sua decisão e comprou novamente a mesma quantidade de Bitcoin a um preço mais alto, indicando um arrependimento imediato.

“Acabo de comprar de novo 6 BTC (seis unidades de bitcoin). Tinha vendido a US$ 51 mil e me arrependi. Agora vai”, disse Vinheteiro, demonstrando sua incerteza sobre a volatilidade do mercado, mas também sua esperança de que o valor do Bitcoin aumente.

Bitcoin sobe 8% em busca de recuperação; Solana decola 21%

O Bitcoin e a maioria das criptomoedas estão em alta na manhã desta terça-feira (6), recuperando parte das perdas sofridas na caótica segunda-feira do mercado cripto. As fortes quedas de ontem refletiram um pânico generalizado no mercado financeiro global, à medida que aumentam os temores de uma recessão nos EUA.

Nas últimas 24 horas, o Bitcoin valorizou 8%, sendo negociado a US$ 55.082 nesta manhã, de acordo com dados do CoinGecko. No entanto, a criptomoeda ainda acumula perdas de 17,2% na semana. Em reais, o BTC teve um aumento mais modesto, subindo 1% para R$ 317.632, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).

Outras criptomoedas importantes do mercado estão apresentando desempenhos ainda mais impressionantes que o Bitcoin nesta terça-feira. O Ethereum subiu 8%, BNB aumentou 11%, Solana disparou 21% e XRP teve um ganho de 9,6%. Até mesmo as memecoins estão tendo um dia positivo: Pepecoin, Dogwifhat e Dogecoin subiram 23,8%, 20,5% e 15,5%, respectivamente.

O sobe e desce do Bitcoin

O Bitcoin enfrenta vários desafios nesta semana, incluindo dados econômicos negativos dos EUA, incertezas em torno da eleição presidencial, tensões no Oriente Médio e aumentos nas taxas de juros no Japão. A decisão do banco central japonês de aumentar as taxas de juros teve um impacto significativo nos mercados globais na segunda-feira, particularmente afetando o “carry trade” entre o iene japonês e outras moedas.

O “carry trade” é uma estratégia que envolve tomar emprestado ienes a taxas de juros historicamente baixas para investir em ativos de maior rendimento em outros lugares. Com a tendência de alta das taxas de juros no Japão, muitos investidores estão prevendo mais instabilidade antes que o comportamento normal do mercado seja retomado.

“Por décadas, os investidores confiaram nas baixas taxas de juros no Japão para tomar emprestado a moeda subjacente e comprar moedas de maior rendimento”, explicou Jonathan de Wet, diretor da empresa de negociação de ativos digitais Zerocap, ao Decrypt. “Essa negociação se tornou tão predominante que todo o sistema financeiro está, de certa forma, exposto.”

A liquidação desses “carry trades” se espalhou para o mercado de criptomoedas, exacerbando a situação para os investidores que estão hesitantes diante das dinâmicas de mercado em mudança. As criptomoedas, vistas como ativos de alto risco, são particularmente vulneráveis aos movimentos mais amplos do mercado, apesar de alguns considerarem essa classe de ativos como uma proteção contra tais movimentos.