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Os papéis da Hapvida (HAPV3) registraram nesta manhã o pior desempenho do Ibovespa, com queda de 4,69% (R$ 5,28). O motivo? O corte de recomendação feito pelos analistas do Credit Suisse.
O Credit Suisse cortou seu preço-alvo para as ações de Hapvida em 43,1%, passando de R$ 16,70 para R$ 9,50, mas reiterou sua recomendação de compra, ao atualizar seu modelo e prever prejuízo de R$ 0,07 por ação para este ano, com ajustes limitados de tickets, pressões inflacionárias sobre os sinistros e crescimento orgânico difícil.
Os analistas Maurício Cepeda e Pedro Carabina escrevem que após a fusão com a NotreDame Intermédica, a amortização de intangíveis e a contabilização de programas de opções de ações provavelmente afetarão significativamente os resultados.
Na frente operacional, dizem os analistas, os tíquetes estão abaixo da inflação e dos sinistros, afetando negativamente o lucro bruto necessário para cobrir as despesas com vendas, gerais e administrativas ainda pré-sinergias e o elevado nível de despesas financeiras.
“Acreditamos que essa tendência desfavorável possa persistir nos próximos trimestres, dado o caráter anual dos reajustes de preços dos contratos, pressionando os ganhos no curto prazo, mas não afetando a tese de longo prazo”, escrevem eles.
Os analistas dizem ainda que as estimativas podem ser revisadas para cima com ajustes de tíquetes acima do esperado e com a recuperação mais rápida dos níveis históricos de crescimento orgânico. Por outro lado, os riscos para as perspectivas incluem persistência da acirrada competição entre os pagadores, limitando as passagens e elevando os índices de sinistralidade; novas pressões de utilização, acumulando-se sobre as inflacionárias; e perdas de beneficiários.
No inicio da tarde as ações retomavam parte das perdas, cotada a R$ 5,36 em queda de 3,25%.
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