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A temporada de resultados referente ao segundo trimestre do ano já está batendo às portas do mercado com anúncios das grandes companhias já agendados para o decorrer da semana que se inicia nesta segunda-feira (25).
Assim, a temporada sempre chama a atenção dos investidores, pois revela a verdade operacional de suas ações favoritas, e traça novas linhas de expectativas para as principais companhias do mercado.
Neste contexto, o Banco Santander colocou seus analistas de prontidão para indicar os pontos de destaque que precisamos estar de olho neste aquecimento para a temporada de divulgações.
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No 2T22, o clima é de cautela
Assim, os analistas tentam “a sorte” em meio à inflação e juros em alta. O Santander demonstra certa cautela em relação aos resultados do segundo trimestre, esperando que a maioria das empresas apure recuo no lucro.
Apesar da visão menos otimista, o banco vê com bons olhos certos nomes, alguns deles inclusive superando as dificuldades de seus setores. A estrategista institucional de ações para Brasil, Aline Cardoso, e sua equipe esperam que o lucro líquido das 150 empresas do universo de cobertura do banco recue 5,6% em relação ao mesmo período de 2021.
Os nomes a se ficar de olho
Portanto, os analistas apontam nomes que devem ser destaques mesmo com o cenário adverso do trimestre. O primeiro nome a aparecer na lista de apostas da instituição é a Cielo (CIEL3).
Cielo
De renegada na Bolsa, com muitos investidores se afastando da empresa diante da intensa concorrência no segmento de adquirência, a companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil voltou a atrair os olhos dos analistas ao apresentar melhorias operacionais. Para o Santander, a companhia deve registrar um aumento de 75% do Ebitda, para R$ 1 bilhão, e de 59% do lucro líquido, a R$ 287 milhões, ambos em base anual, diante do crescimento de 23% do Volume Total de Pagamentos (TPV) e um cenário competitivo mais favorável.
O avanço do lucro será maior do que o projetado para empresas financeiras não bancárias, de 53%.
Banco do Brasil
Ademais, entre os bancos tradicionais, cujo lucro deve avançar 20% no segundo trimestre, o Banco do Brasil é o destaque, com o lucro projetado para crescer 34%, para R$ 6,6 bilhões.
“Acreditamos que, novamente, a qualidade dos ativos deve ser o foco das discussões para os bancos durante o segundo trimestre”, diz trecho do relatório. “E o Banco do Brasil, considerando sua exposição significativa ao agronegócio e empréstimos consignados, deve reportar um menor aumento em crédito não-produtivo.”
Minerva e BRF
Além disso, a companhia também mostra otimismo com o setor de alimentos, em especial com as ligadas a carne: Minerva e BRF. O frigorífico se beneficiou da redução dos custos com a compra de gado e do aumento da demanda e preços por carne.
Com isso, o Ebitda deve subir 43%, para R$ 769 milhões, e o lucro em 75%, a R$ 205 milhões.
A BRF, por sua vez, viu uma melhora dos preços no trimestre, após a alta oferta de frango no mercado, enquanto os valores para exportação também se recuperaram. A companhia deve fechar o trimestre com lucro líquido de R$ 81 milhões, revertendo o prejuízo do segundo trimestre de 2021. O Ebitda, na mesma base de comparação, aumento em 9%, para R$ 1,4 bilhão.
Lojas Renner
O último destaque positivo do trimestre deve ser Lojas Renner, com os analistas avaliando que o bom desempenho da coleção de inverno e a demanda reprimida gerada pela pandemia levaram a varejista a ter um Ebitda de R$ 489 milhões, aumento de 48% e lucro líquido de R$ 325 milhões, expansão de 69%. Já entre as companhias que devem se destacar negativamente está a Movida. Embora o Santander espera um aumento de 79% do Ebitda, em base anual, para R$ 883 milhões, o avanço das despesas financeiras e o maior efeito da depreciação deve fazer com que o lucro líquido cresça apenas 12%, a R$ 195 milhões.
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