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Ibovespa fecha em baixa devido a quedas em ações de commodities e financeiras.
O Ibovespa teve um desempenho negativo nesta quinta-feira, contrariando a tendência do mercado internacional. O índice brasileiro encerrou o dia com uma queda de 0,94%, atingindo 127.315,74 pontos, em sua mínima do dia. O volume financeiro negociado foi de R$ 22,7 bilhões, abaixo da média diária de dezembro. O mercado permanece atento às discussões sobre a MP da reoneração e aguarda a reunião entre o ministro da Fazenda, Haddad, e o presidente da Câmara, Lira.
As ações das blue chips de commodities e instituições financeiras contribuíram para o resultado negativo. No entanto, vale destacar o movimento de alta nas ações da Petrorecôncavo e 3R Petroleum, impulsionado pela proposta de fusão entre as duas empresas sugerida pela sueca Maha Energy, acionista da 3R Petroleum. As ações da RECV3 tiveram um ganho de 11,70%, enquanto as da RRRP3 subiram 7,62%.
Por outro lado, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) registraram quedas de 0,74% e 0,40%, respectivamente. As siderúrgicas USIM5 e CSNA3 se destacaram positivamente, com ganhos de 2,77% e 2,28%. A Vale (VALE3) teve uma queda de 0,65%.
No campo negativo, a HAPV3 registrou a segunda maior perda do dia, com uma queda de 6,98%, afetada por uma investigação do MPE-SP relacionada ao acesso de pacientes a tratamentos negados pela empresa. A MGLU3 teve uma queda de 6,98%, enquanto a VAMO3 apresentou uma baixa de 6,47%.
Os principais bancos, incluindo BBAS3, BBDC3, BBDC4, SANB11 e ITUB4, também encerraram o dia no vermelho, contribuindo para a tendência de baixa do Ibovespa.
Mercado cambial fecha a semana com dólar em alta de 1,5% em meio a incertezas sobre política monetária dos EUA e risco fiscal no Brasil
O mercado cambial encerrou essa quinta-feira com o dólar acumulando uma alta de 1,5%, após uma série de movimentos turbulentos. Apesar de ter subido novamente frente ao real e outras principais moedas nesta quinta, a moeda norte-americana perdeu força no final da sessão, seguindo a recuperação das bolsas de valores dos Estados Unidos.
A volatilidade do dólar nos últimos dias está relacionada a uma série de fatores, incluindo as expectativas em torno da política monetária do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, forneceu mais clareza sobre os próximos passos do banco central ao sugerir que os cortes nas taxas de juros provavelmente só ocorrerão no terceiro trimestre, contrariando as esperanças do mercado de uma ação mais imediata em março.
Além disso, indicadores econômicos norte-americanos surpreenderam positivamente, com uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego e uma redução menor do que o esperado nas construções de moradias iniciadas em dezembro. Isso fortaleceu a perspectiva de uma economia dos EUA em crescimento, contribuindo para a valorização do dólar.
No contexto doméstico, o risco fiscal no Brasil também exerceu pressão sobre o câmbio. O Tribunal de Contas da União (TCU) alertou o governo sobre a possibilidade de não atingir a meta fiscal zero e estimou um déficit nas contas públicas de até R$ 55,3 bilhões para o ano.
Além disso, os investidores aguardam o desfecho de uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar de questões relacionadas à Medida Provisória da reoneração da folha de pagamento.
No fechamento do mercado, o dólar à vista registrou uma leve alta de 0,02%, encerrando o dia a R$ 4,9311, enquanto o dólar futuro para fevereiro caiu 0,14%, chegando a R$ 4,9390. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas, teve alta de 0,07%, atingindo 103,521 pontos. O euro caiu 0,19%, negociado a US$ 1,0862, enquanto a libra subiu 0,07%, alcançando US$ 1,2686.
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