Ibovespa fecha em queda devido a preocupações com o payroll nos EUA; Azul registra maior valorização.
Na sexta-feira, o mercado brasileiro de ações, representado pelo Ibovespa, demonstrou cautela significativa devido às preocupações dos investidores com o robusto payroll de janeiro nos Estados Unidos. O índice encerrou o dia com uma queda de 1,01%, atingindo os 127.182,25 pontos, acumulando uma baixa de 1,38% ao longo da semana. O volume financeiro negociado atingiu R$ 23,7 bilhões.
Entre as poucas altas notáveis no Ibovespa, destacam-se GGBR4, com um ganho de 2,38% e GOAU4, com uma elevação de 1,52%. Essa valorização foi influenciada pela recomendação positiva para as ações da Gerdau, de neutra para compra, feita pelo Goldman Sachs. No entanto, o grande destaque do dia foi a AZUL4, que registrou uma impressionante alta de 3,62%, chegando a R$ 13,73, em uma recuperação das perdas recentes.
Os principais bancos brasileiros encerraram o dia sem uma direção clara, com ITUB4 subindo 0,15% e BBDC4 ganhando 0,13%. Por outro lado, SANB11 teve uma queda de -1,10%, BBDC3 de -0,66%, e BBAS3 de -0,03%.
As ações de empresas ligadas a commodities também tiveram um desempenho negativo, seguindo as cotações de suas respectivas matérias-primas. VALE3 baixou 2,03%, PETR3 caiu 1,47%, e PETR4 cedeu 1,30%. No topo das quedas do dia estiveram COGN3, com uma baixa de -6,94%, BHIA3 com -6,01%, e RECV3 com -4,77%.
A divulgação de dados de empregos nos EUA e a migração de investidores estrangeiros impactam o mercado cambial no Brasil
Nesta sexta-feira, o dólar teve um desempenho notável, registrando uma forte alta em relação ao real, devido a eventos significativos tanto nos Estados Unidos quanto no mercado brasileiro. O principal impulsionador desse movimento foi a divulgação do payroll nos EUA, que revelou um aumento substancial na geração de empregos em janeiro, superando em muito as expectativas.
Esse desenvolvimento surpreendente praticamente enterra as esperanças de o Federal Reserve, o banco central americano, iniciar um afrouxamento monetário já em março e gera incertezas sobre a possibilidade de um corte de juros em maio.
Além disso, a alta do dólar também foi influenciada pela migração de investidores estrangeiros do mercado brasileiro para a bolsa de valores americana. Isso ocorreu devido aos atrativos resultados das empresas de tecnologia nos Estados Unidos.
De acordo com dados da B3, os investidores estrangeiros retiraram uma quantia significativa, totalizando R$ 7,9 bilhões, da bolsa brasileira. Essa saída de capital estrangeiro representa a maior em um mês desde 2020, quando houve uma retirada de R$ 19,157 bilhões.
No fechamento do mercado, o dólar à vista encerrou o dia com um aumento de 1,07%, cotado a R$ 4,9683, após oscilar entre R$ 4,9083 e R$ 4,9763 ao longo do dia. Na semana, a moeda norte-americana acumulou um aumento de 1,17%. Além disso, o dólar futuro para março também registrou um avanço de 1,03%, sendo cotado a R$ 4,9805 às 17h02.
No cenário internacional, o índice DXY subiu 0,86%, alcançando os 103,930 pontos, enquanto o euro caiu 0,72%, atingindo US$ 1,0794, e a libra recuou 0,84%, chegando a US$ 1,2638. Esses movimentos demonstram a influência das notícias econômicas globais no mercado cambial brasileiro.