Os planos de IPO da Iguá Saneamento podem ficar para depois agora que o Canada Pension Plan Investment Board (CPPPIB) comprou participação na empresa. Podendo chegar até 45,5% da Iguá, a compra, portanto, avalia a empresa em R$ 2,5 bilhões.
O CPPIB comprou as participações tanto do Bradesco quando de outro investidor. Além disso, irá injetar R$ 500 milhões na companhia, que visa participar ativamente dos próximos leilões de saneamento do Brasil. Dessa forma, a capitalização faz com que o caixa líquido da Iguá chegue a R$ 1,1 bilhão e a dívida líquida/EBITDA caia de 3,5x para 2x.
Entretanto, o negócio com o CPPIB vem justo quando a Iguá Saneamento visava um IPO. Assim sendo, os recursos da oferta a deixaria pronta para competir pelo maior e mais desejado ativo do ano: a CEDAE.
Dividindo a concessão da companhia em quatro clusters (subconcessões) é como ocorrerá a venda da CEDAE. As outorgas devem custar R$ 10 bilhões, com exigência de investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos 35 anos.
Portanto, caso a Iguá vença um ou mais clusters, há grandes possibilidades de a empresa voltar ao mercado de capitais.
Saneamento no Brasil
De acordo com Paulo Mattos, fundador da IG4 Capital – que deu início a Iguá -, para o Brazil Journal:
“96% do setor de saneamento brasileiro ainda é estatal e a situação da infraestrutura é medieval. Nossa infraestrutura é pior que a do Iraque, e a situação é particularmente ruim no esgoto: só metade dos domicílios têm coleta, e só 35% do esgoto é tratado.”
Assim sendo, para o Brasil atingir a média dos países desenvolvidos, seria necessário investir entre R$ 500 bilhões e R$ 1 trilhão até 2033. A média, para se ter ideia, nos países desenvolvidos é de 98% dos domicílios com água e esgoto tratado.
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