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De acordo com dados da Anbima, a indústria de fundos de investimento no Brasil teve uma captação líquida recorde de R$ 369 bilhões em 2021. Dessa forma, dobrando a captação de 2020. Contudo, a instituição diz não saber a origem de tais recursos, isto é, se vieram de depósitos à vista ou de nova poupança.
Além disso, o resultado representa uma captação 167% acima da média histórica anual dos últimos dez anos, de R$ 138 bilhões. Assim sendo, o patrimônio líquido da indústria de fundos terminou o ano em R$ 6,9 trilhões, crescendo 13%.
A Selic não deixou de influenciar na escolha de alocação. Isto é, os fundos de renda fixa tiveram a maior captação líquida, de R$ 215 bilhões, correspondendo a 58% do total. Em segundo lugar vêm os fundos multimercados, que captaram R$ 60 bilhões. Entretanto, os fundos de ações – talvez pelo sentimento de risk-off e uma alternativa rentável na renda fixa – captaram apenas R$ 200 milhões. Portanto, o valor representa uma queda aguda em relação a captação líquida de R$ 73 bilhões de 2020. Vale destacar que a categoria teve os piores desempenhos no ano passado, tendo os fundos “ações livres” caído 10,7%.
Desse modo, vale destacar que os fundos de renda fixa long duration (aqueles que investem em títulos de longa duração) tiveram um retorno melhor, de 11,8%. Logo em sequência vemos os fundos cambiais, subindo 7,6%, e os multimercados que investem no exterior, subindo 5,7%.
De acordo com o diretor da Anbima, Pedro Rudge, o número recorde mostra que a indústria tem conseguido atender melhor os interesses dos clientes. Além disso, afirmou que não vê o investimento em renda fixa como um passo atrás, mas sim como escolha de rebalanceamento de portfólio.
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