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Investidores estrangeiros temem interferência política na economia brasileira após caso do ex-ministro Guido Mantega na Vale.
O caso envolvendo a tentativa do governo de indicar o ex-ministro Guido Mantega para o comando da Vale tem gerado preocupações entre investidores estrangeiros quanto à possível interferência política na economia durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esses investidores temem que a gestão atual esteja revivendo um modelo de “capitalismo de Estado”, que não teve sucesso no passado.
A questão da ingerência política foi amplamente debatida em eventos recentes, como o da Petrobras em Nova York, onde se discutiu o relacionamento entre empresas estatais e o governo. Especialistas também discutiram as implicações da “política industrial ativista” e seus possíveis efeitos inflacionários no futuro.
Investidores estrangeiros receiam retrocesso ao ‘capitalismo de Estado’ e ingerência política sob governo Lula
O possível envolvimento do ex-ministro Guido Mantega na direção da Vale gerou temores entre investidores estrangeiros sobre a ingerência política na economia brasileira durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa preocupação se estende para além da Vale, abrangendo empresas controladas ou com participação estatal. Os investidores receiam que a atual gestão esteja seguindo um modelo de “capitalismo de Estado” que já se mostrou problemático no passado.
Essas inquietações foram amplamente discutidas durante eventos recentes, incluindo um realizado pela Petrobras em Nova York, onde a relação entre empresas estatais e o governo foi um tema central. Investidores e analistas estrangeiros questionaram a convivência da petroleira com o governo, buscando entender a extensão da interferência estatal na empresa.
Além disso, em um debate sobre as perspectivas econômicas e políticas do Brasil, organizado pela Confederação de Comércio Brasil-Estados Unidos, a “política industrial ativista” e suas possíveis implicações inflacionárias futuras foram tópicos de preocupação.
Especialistas apontam que o presidente Lula parece empenhado em ampliar o papel do Estado na economia e adotar políticas que priorizam a intervenção estatal. No entanto, o debate sobre esse tema é amplo, com algumas vozes defendendo a importância da gestão pública em setores estratégicos.
A questão da interferência política na economia continua a gerar incertezas nos mercados financeiros e entre investidores estrangeiros, que buscam entender o equilíbrio entre o papel do Estado e a iniciativa privada na economia brasileira nos próximos anos.
Financial Times diz que o STF está desfazendo o legado da lava jato
Segundo o jornal, as medidas levantaram preocupações entre os ativistas anticorrupção, incluindo a Transparência Internacional, que derrubou o Brasil em 10 posições no seu índice anual de Percepção da Corrupção. A nação latino-americana ficou em 104º lugar entre 180 países.
Em seu relatório da semana passada, o órgão destacou as ações de Toffoli, bem como a nomeação, no ano passado, de Cristiano Zanin – advogado pessoal de Lula durante a investigação da Lava Jato – para o Supremo Tribunal Federal.
Os ativistas também criticaram a recente nomeação de Ricardo Lewandowski por Lula como ministro da Justiça. Enquanto atuava anteriormente no Supremo Tribunal, Lewandowski opôs-se firmemente à operação Lava Jato e encerrou três processos criminais enfrentados pelo líder de esquerda.
“Graças às decisões de Toffoli, o Brasil se tornou um cemitério de evidências de crimes que geraram miséria, violência e sofrimento humano em mais de uma dezena de países da América Latina e da África”, disse o grupo sem fins lucrativos. “O país está se tornando cada vez mais, aos olhos do mundo, um exemplo de corrupção e impunidade.”
O Financial Times é uma das principais organizações de notícias do mundo, reconhecida internacionalmente pela sua autoridade, integridade e precisão.
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