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Ao longo da história, o ouro sempre foi a “moeda” de emergência do planeta, sua capacidade de agregar valor foi extremamente disputada ao longo dos séculos, fazendo assim o metal mais desejado na história da humanidade e mais popular no campo dos investimentos.
A inflação fez uma chegada enfática na economia americana, e está sendo sentida — mesmo que em pequena proporção — em toda a economia, tanto internamente quanto globalmente. Isso tem implicações importantes para os investidores de metais, particularmente nos segmentos básico e da indústria de metais e mineração. E o ouro, em particular, está vendo uma onda, graças a sua posição tradicional como um porto seguro para os investidores.
Contudo, ao longo dos anos, o metal foi perdendo esta característica de protagonista do sistema econômico para se tornar apenas um figurante, por isso surge a dúvida: ainda vale a pena investir em ouro em 2021?
Por que investir em ouro?
Primeiramente, é necessário entender porque as pessoas ainda investem em ouro. Atualmente o ouro funciona como um ótimo instrumento de diversificação de sua carteira de investimentos, principalmente para se proteger durante crises. Afinal o metal precioso é um ativo físico, com lastro e uma demanda praticamente garantida, assim, o ouro não sofre muitas variações degradativas mesmo em momentos catastróficos.
Por exemplo, no auge da crise do Coronavírus, no ano passado, enquanto a bolsa de valores sofria danos severos graças ao vírus, o preço da onçatroy (1 onça troy = 31,1034 gramas), bateu recorde, fechando a mais de US$ 2 mil.
Então é completamente seguro investir em ouro? A resposta é: nem sempre.
O ouro, assim como qualquer outra commodity, está sujeito as variações de oferta e de demanda. Assim, pode-se dizer que a oferta desse ativo dependa da capacidade das jazidas de extração e a demanda depende exclusivamente das oscilações do mercado.
Por isso, pode-se dizer que os valores do ouro irão oscilar periodicamente, muito mais do que ativos de renda fixa, por exemplo.
Em geral, em tempos de crise, os investidores correm para ativos mais seguros. Assim, considerando o mercado recente, o grande queridinho dos investidores é o Bitcoin. Contudo, com a recente queda do ativo, o investimento em ouro volta as pautas de discussões como a reserva de valor mais tradicional. Afinal, o mercado parece estar dando “nome aos bois” e separando o Bitcoin como mercado especulativo, e não reserva de valor.
No entanto, esta categoria de investimento hedge é um interessante alvo de estudo. Afinal, pode-se dizer que estes investimentos mais tradicionais em metais, “brilham” durante os períodos de crise. Mas é exatamente as quedas e recessões econômicas que trazem os investidores para essa modalidade de investimento.
Vale a pena investir?
Assim, voltamos a pergunta central do texto. Afinal, então, se o ouro é uma reserva tão útil para minha carteira, por que não investir?
E essa pergunta é bastante interessante.
Afinal se o ouro vai tão bem em tempos de crise, ele é sim um bom ativo a se investir, para se proteger nestes momentos. Contudo, o metal precioso perde disparadamente se formos comparar a sua valorização com as valorizações dos ativos da bolsa.
Por exemplo, vamos usar o índice S&P 500 que mostra as 500 maiores empresas da bolsa dos EUA, como ferramenta de comparação. De janeiro de 1975 até março de 2021, o ouro teve um retorno de 877%. Um valor considerável, certo?! Mas, no mesmo período, o S&P500 valorizou absurdos 5.060%. No geral, a valorização do mercado sempre irá bater a valorização do ouro, afinal o mercado acompanha o crescimento da economia, e o metal apenas a sua variação de demanda.
Contudo, isso não quer dizer que você deva evitar o investimento no metal precioso. Afinal a diversificação é um ponto muito importante em sua carteira de investimentos, e pode ser uma ótima ideia ter uma parcela dos seus investimentos protegidos em momentos de crise.
Por fim, confira agora como você pode investir em ouro através da bolsa de valores do Brasil. Clique aqui e confira!
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