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IPCA avança 0,54% em janeiro, dentro das expectativas, mas com riscos à frente

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Os economistas do Banco Original — Marco Caruso (economista-chefe), Lisandra Barbero e Eduardo Vilarim — publicaram uma análise sobre o desempenho do comércio varejista.

Em linha tanto com as expectativas (0,56%) quanto com a mediana do mercado (0,55%), o IPCA avançou de 0,54% em janeiro. O resultado, puxado pelos alimentos (1,11%), artigos de residência (1,82%) e comunicação (1,05%), acumula alta de 10,38% em 12 meses.

Olhando à frente, alteramos nossa projeção de 5,2% para 5,6% para 2022, refletindo os níveis atuais de pressão inflacionária de curto prazo, expectativa de dólar mais elevado e preços mais altos de commodities por mais tempo.

Para 2023, considera-se que parte da inércia inflacionária tende a manter o IPCA em 4,0%, ainda dentro dos limites da meta de 3,5% (1,5 p.p. para cima e para baixo).

Detalhes

Habitação foi a abertura que mais se descolou das nossas projeções, que consideravam um avanço de 0,58% em janeiro. Parte da surpresa vem da queda dos combustíveis e energia, influenciados pela queda do gás de botijão (-0,73% m/m) e energia elétrica (-1,07%).

Apesar de ter um peso menor, os artigos de residência também foram uma surpresa (1,82% contra 0,68% projetados), influenciados por altas tanto de mobiliário quanto de eletrodomésticos e equipamentos.

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Transportes ajudaram a conter o avanço da cesta de consumo, com uma queda dos preços de transporte público (passagem aérea) e combustíveis, com destaque para o etanol (-2,84%) e gasolina (-1,14%). Paralelamente, os preços administrados (ou monitorados) como um todo contraíram na margem (-0,5%).

Olhando à frente, a projeção se alterou de 5,2% para 5,6% em 2022 considerando o balanço de riscos: as pressões inflacionária de curto prazo, a expectativa de dólar mais elevado até o final do ano (R$ 6,15 para o fim do ano, valor que pondera riscos eleitorais, fiscais e externos) e aumento dos preços das commodities, que tendem a impactar o preço dos alimentos e combustíveis.

Para se ter uma ideia, os níveis atuais do petróleo internacional sugerem um descolamento de 12% entre o preço nacional e internacional observado na paridade do poder de compra, modelo que a Petrobrás utiliza em seus ajustes. Para 2023, consideramos que parte da inércia inflacionária eleva o IPCA para 4,0%, ainda dentro dos limites da meta de 3,5% (1,5 p.p para cima e para baixo).

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