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- A Justiça de SP determinou a perícia na Casa do Pão de Queijo, antes de considerar seu pedido de recuperação judicial
- A perícia, que abrangerá a sede e as filiais da empresa, visa verificar, contudo, as condições reais de funcionamento
- O perito designado deve apresentar, portanto, um laudo preliminar dentro de cinco dias corridos, contados a partir da decisão publicada ontem
A Justiça de São Paulo determinou que a Casa do Pão de Queijo seja periciada antes de considerar seu pedido de recuperação judicial. O juiz Leonardo Manso Vincentin, da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados a Arbitragem de Campinas, tomou a decisão de ordenar a perícia na Casa do Pão de Queijo antes de considerar seu pedido de recuperação judicial.
A perícia, que abrangerá a sede e as filiais da empresa, visa verificar, contudo, as condições reais de funcionamento. E a legitimidade dos documentos apresentados no pedido de recuperação judicial.
O perito designado deve apresentar, portanto, um laudo preliminar dentro de cinco dias corridos, contados a partir da decisão publicada ontem. Essa perícia visa também detectar qualquer fraude na utilização do recurso da recuperação judicial.
Além disso, o juiz concedeu uma liminar para que as empresas CPFL Energia e EDP não interrompam o fornecimento de energia para a Casa do Pão de Queijo. No entanto, o pedido de suspensão antecipada de ações de execução contra a empresa foi rejeitado. A decisão argumenta que a simples existência de ações em curso não justifica uma medida excepcional. O juiz indeferiu também o pedido de manutenção dos contratos de locação comercial.
As dificuldades que a empresa alega
Com uma dívida de R$ 57,5 milhões, a rede de cafeterias Casa do Pão de Queijo protocolou, portanto, o pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) na última sexta-feira (28).
No processo, a empresa menciona, portanto, dificuldades em se recuperar dos impactos da Covid-19 no faturamento. Segundo o texto, nos primeiros três meses da pandemia, houve uma perda de 97% no faturamento, e o ano de 2020 terminou com uma redução total de 50%. Além disso, recentes enchentes no Rio Grande do Sul afetaram, contudo, operações rentáveis. Como as quatro lojas que a Casa do Pão de Queijo possuía no aeroporto de Porto Alegre.
“A tragédia climática causou um impacto financeiro negativo de quase R$ 1 milhão por mês em vendas e uma perda de Ebitda de aproximadamente R$ 250 mil por mês. Sem previsão de retorno à normalidade, a empresa teve que demitir 55 funcionários, agravando ainda mais a crise”, diz a ação judicial.
Em seu site oficial, a Companhia se apresenta como “pioneira na comercialização de pão de queijo”. A primeira loja foi aberta em 1967, no centro de São Paulo, e sua primeira fábrica em 1983, na zona oeste da capital paulista. Ainda na década de 1980, a empresa começou a trabalhar com o modelo de franquias.
Casa do Pão de Queijo entra com pedido de recuperação judicial
A Casa do Pão de Queijo, uma das principais redes de cafeterias do Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial na última sexta-feira (28). Isto, na Vara de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 4ª RAJ em Campinas (SP). O pedido abrange a CPQ Brasil S/A e suas 28 filiais, todas localizadas em aeroportos.
Segundo informações apresentadas no processo, a empresa declarou um passivo de R$ 57,5 milhões a ser renegociado. Do total, R$ 244,3 mil representam dívidas trabalhistas, enquanto R$ 55,8 milhões são devidos a quirografários (credores sem garantia específica). E R$ 1,3 milhão são dívidas com microempresas, além disso, com empresas de pequeno porte.
A ação menciona, contudo, que a dívida não afetada pelo processo de recuperação judicial totaliza R$ 53,2 milhões, além de um passivo tributário de R$ 28,7 milhões.
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