Na noite desta terça-feira (17), os acionistas da Linx (LINX3) aprovaram a oferta da Stone cumprindo a última etapa entre as partes para que a empresa seja vendida. Após conclusão desse passo, os analistas do Banco Safra apresentaram análise.
De acordo com documento da Linx, a Assembleia apresentou placar final de 55,95% votos a favor, enquanto 20,01% ficaram contra a proposta da Stone. Além disso, houve 3,79% de abstenções na votação desse tema.
Vale dizer que na véspera da votação, a Stone elevou a oferta em R$ 1,50 por ação chegando, dessa maneira, ao preço de R$ 33,56 mais 0,0126774 ação classe A da Stone.
Com a aprovação, Thiago Piau, presidente da Stone já revelou alguns horizontes em relação ao futuro do negócio.
Primeiramente, a Linx se tornará uma unidade de negócios de software da Stone, comandados por executivos de ambas as empresas.
Em seguida, ele indicou que a Stone pretende oferecer preços menores aos seus clientes, visto que serão integrados os serviços de pagamentos da empresa e de software da Linx.
Por meio disso, a estratégia é se aproximar das operações de varejo e de serviços financeiros. Ao mesmo tempo, há a intenção de ser capaz de oferecer uma combinação de tecnologia e atendimento aos lojistas.
Ainda assim, a operação está sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deve demorar entre cinco a seis meses para retorno.
De toda maneira, a Stone põe um ponto final na disputa contra a TOTVS (TOTS3) que chegou a durar meses se tornando quase uma “novela”.
Análise do Banco Safra
A princípio, o CADE não deve bloquear a aquisição da Stone pela Linx, segundo Luis Azevedo e Silvio Dória, analistas do Safra.
Além disso, a combinação de ambas as empresas levou a uma receita estimada de R$ 6,1 bilhões ao final de 2021. Ao mesmo tempo, o EBITDA estimado foi de R$ 3 bilhões.
“Vemos sinergias potenciais notáveis para a Stone, pois a Linx reforçará sua área de pagamentos, fortalecendo sua estratégia de crossselling (venda cruzada), com um produto de aquisição competitivo e uma marca forte. A Stone também agregará valor ao seu próprio negócio de aquisição com um serviço (software ERP) de difícil penetração e com uma forte proposta de fidelidade”
Luis Azevedo e Silvio Dória, analistas do Safra via relatório.
Por fim, os analistas do Safra elevaram o preço-alvo da ação da Linx para R$ 38,30, todavia permaneceram com recomendação neutra.
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