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O fundador da Marfrig (MRFG3), Marcos Molina, enfrenta uma acusação na CVM por uso de informação privilegiada. A CVM afirma que o controlador usou informações privilegiadas para comprar ações do frigorífico antes de a empresa anunciar a aquisição, em 2018.
Portanto, o órgão regulador do mercado financeiro concluiu que o empresário vendeu ações ordinárias da Marfrig antes de anunciar a aquisição.
Dessa forma, a conclusão foi de que o executivo realizou o chamado “insider trading”, fazendo negociações enquanto participava das tratativas para a aquisição.
Nesse meio tempo, A Marfrig, por intermédio de sua assessoria de imprensa, respondeu que as operações de venda de ações aconteceram num período em que a negociação não era constante e não era possível prever.
Marcos Molina nega a acusação, mas apresentou, na última sexta-feira, 21, uma proposta à CVM para assinar um termo de compromisso e encerrar o processo aberto em março do ano passado.
“Em um primeiro momento, a Marfrig propôs uma troca de ativos, opção rejeitada pela Leucadia em dezembro de 2017. [ . . .] Nesse intervalo, a Leucadia fez contatos com outros interessados na compra da National Beef”
Afirma a empresa.
“Marcos Molina dos Santos cumpriu seus deveres fiduciários para com a Marfrig ao não realizar operações com ações MRFG3 no período entre 6 de março de 2018 e 9 de abril de 2018, quando o Fato Relevante a respeito da operação foi publicado. Portanto, não houve nenhuma operação irregular”, acrescentou o frigorífico em nota.
O argumento é: até a aprovação de um empréstimo-ponte pelo Rabobank NY, em março de 2018, o frigorífico brasileiro não via nenhuma oportunidade de aquisição.
A Marfrig é uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo e líder global na produção de hambúrgueres. Criada em 2000, atua em mais de 100 países e emprega cerca de 30 mil pessoas.
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