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Embora o restante dos números do PMI divulgados tenha sido positivo para a Europa e os dados de emprego dos Estados Unidos tenham vindo acima do esperado, as bolsas do continente europeu fecharam sem direção única, aguardando o relatório do Payroll e a possível reação do FED e do comportamento dos juros dos títulos de 10 anos. Londres teve queda de 0,61%. Paris recuou 0,21%. Frankfurt subiu 0,19%. Milão teve alta de 0,29%. Madri e Lisboa tiveram quedas de 0,42% e 0,76%, respectivamente.
Apesar dos números de atividade econômica acima das expectativas, com destaque para a geração de empregos divulgada pela ADP Systems, com criação de 978 mil vagas ante expectativa de 650 mil; os pedidos por seguro desemprego, saindo de 405 mil para 385 mil; e o setor de serviços mostrando força, com um PMI de 70,4 pontos, os investidores tiveram receio em relação à alta da inflação. Isso fez com que as principais bolsas americanas fechassem em queda. O Dow Jones teve perda de 0,07%. O S&P 500 cedeu 0,36% e o Nasdaq teve queda de 1,03%.
Para hoje (04/06)
A maioria das bolsas asiáticas acompanharam os receios de alta de inflação do Ocidente, devido aos dados fortes do emprego e do PMI nos Estados Unidos. Além dos números divulgados ontem (3), os investidores também optaram pela cautela pré-Payroll. Em Tóquio, o Nikkei teve queda de 0,40%. O Kospi perdeu 0,23%. Hong Kong cedeu 0,17% e o Taiwan caiu 0,57%. Contra o movimento de baixa, destacaram-se os principais índices da China continental. com o Xangai composto avançando 0,21% e o Shenzhen subindo 0,63%.
Também à espera do Payroll, os futuros nos Estados Unidos começam o dia próximos da estabilidade e as principais bolsas europeias operam mistas.
No Brasil, o futuro do Ibovespa opera em leve queda, acompanhando a cautela dos mercados globais de ontem (3) e de hoje.
Dentre os indicadores de conjuntura local, os agentes ficarão atentos aos números do PMI composto e de serviços para o país. O Bacen ofertará swaps a partir das 11h30.
O mercado também estará atento às questões envolvendo a permanência do auxílio emergencial por mais dois meses; e à reunião da Anvisa sobre a Covaxin e a Sputnik V. As tramitações referentes às reformas também estarão no radar.
Indicadores internacionais
Na Zona do Euro, as vendas no varejo de abril tiveram queda de 3,1% ao mês. Ao ano, há elevação de 23,9%. Os números vieram aquém do esperado, refletindo as medidas de distanciamento em algumas regiões.
Na Alemanha, foi divulgado o PMI da construção de maio, saindo de 46,2 pontos para 44,5 pontos. No Reino Unido, o mesmo indicador registrou alta, saindo de 61,6 pontos para 64,2 pontos.
Nos Estados Unidos, foram divulgados dados importantes do mercado de trabalho americano, além do Relatório do Payroll. O indicador mais importante (Payroll não-agrícola) registrou criação de 559 mil empregos em maio, ante expectativa de 650 mil e contra o avanço de 278 mil em abril. O salário médio subiu 2,0% ao ano e o ganho médio por hora subiu 0,5% ao mês. A taxa de desemprego da maior economia do mundo saiu de 6,1% e foi para 5,8%.
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