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Mercado: projeções para inflação de 2024 e 2025 sobem

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Boletim Focus: projeções para inflação de 2024 e 2025 sobem, enquanto as do PIB brasileiro são mantidas.

As projeções para a inflação de 2024 e 2025 aumentaram, contrastando com a estabilidade das estimativas para o PIB no Boletim Focus. O IPCA para 2024 passou de 3,81% para 3,82%, enquanto a previsão para 2025 subiu de 3,50% para 3,51%. As projeções do PIB permaneceram inalteradas, com expansão de 1,60% em 2024 e 2,0% em 2025. O relatório também manteve a Selic e o câmbio estáveis, enquanto ajustou as expectativas para a balança comercial e a dívida pública.

Boletim Focus mostra aumento nas projeções de inflação para os próximos anos, enquanto estimativas do PIB permanecem estáveis

O Boletim Focus divulgado nesta quinta-feira revela um cenário de ajustes nas projeções econômicas para o Brasil. Enquanto as estimativas para a inflação em 2024 e 2025 foram revisadas para cima, as do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceram estáveis.

No que diz respeito à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 teve uma leve revisão, passando de 3,81% para 3,82%. Para 2025, houve um ajuste semelhante, com a projeção subindo de 3,50% para 3,51%. Esses ajustes sugerem uma visão mais cautelosa em relação à trajetória dos preços nos próximos anos.

Por outro lado, as projeções do PIB permaneceram inalteradas. Para 2024, a mediana das expectativas de crescimento econômico se manteve em 1,60%, enquanto para 2025 continuou em 2,0%. Essa estabilidade nas projeções do PIB pode refletir uma certa confiança na recuperação econômica do país, apesar dos desafios enfrentados.

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O relatório também destacou que as projeções para a taxa básica de juros (Selic) e o câmbio permaneceram estáveis ao longo do horizonte da pesquisa. No entanto, houve ajustes nas expectativas para a balança comercial e a dívida pública, indicando a complexidade e a dinâmica dos diversos aspectos da economia brasileira.

Tabela dos dado:

IndicadorProjeção 2024Projeção 2025
IPCA3,82%3,51%
PIB1,60%2,0%
Selic9,00%8,50%
Dólar (R$)R$ 4,92R$ 5,00
Resultado Primário-0,80% do PIB-0,60% do PIB
Dívida Pública (% PIB)63,60%66,25%
Balança Comercial (US$ bilhões)US$ 76,45US$ 70,00

Aumento nos Preços de Serviços Desafia Redução de Juros pelo Banco Central

A economia brasileira enfrenta um novo desafio com a inflação de serviços avançando a passos largos, evidenciando a complexidade do cenário econômico para o Banco Central (BC). No último ano, serviços essenciais como manicure e costura registraram aumentos consideráveis, impulsionados por um mercado de trabalho aquecido e uma maior disposição dos consumidores em aceitar reajustes.

Paula Rocha, microempresária no setor de beleza, e Claudio Florio, proprietário de um atelier de costura, ambos localizados em Perdizes, São Paulo, são exemplos claros dessa tendência. Eles precisaram ajustar seus preços para compensar o aumento dos custos operacionais, incluindo aluguel, insumos e tributos. Esses reajustes refletem um cenário onde a demanda por serviços permanece alta, especialmente em períodos festivos como o Carnaval, o que sustenta os aumentos de preços mesmo frente a possíveis resistências dos consumidores.

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Nos últimos 12 meses até janeiro de 2024, a inflação de serviços no Brasil subiu 5,62%, superando o índice geral de inflação, que fechou em 4,51%. Esse aumento é atribuído não apenas aos serviços tradicionais, mas também a outros como passagens aéreas e hospedagem, que tiveram elevações expressivas devido à retomada das atividades pós-pandemia.

A persistência da inflação de serviços tem levado o Banco Central a adotar uma postura cautelosa em relação à política de juros, limitando-se a cortes modestos na taxa Selic. A preocupação é que a robustez do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego no seu menor nível desde 2014 e um aumento substancial na renda, continue a alimentar a inflação de serviços, complicando o cenário para desacelerações futuras.

Economistas apontam que a rigidez dos preços em alguns segmentos de serviços, impulsionada por fatores como indexações e o comportamento da inflação passada, representa um desafio adicional para o controle da inflação. Além disso, a taxa de juros em patamares elevados e o momento favorável do mercado de trabalho estimulam a demanda por serviços, aumentando a pressão sobre os preços.

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Diante desse contexto, o Banco Central sinaliza que os próximos cortes de juros seguirão sendo cautelosos, com a inflação de serviços no centro das atenções. A situação evidencia o delicado equilíbrio que a autoridade monetária precisa manter entre estimular a economia e conter pressões inflacionárias, especialmente em um setor tão sensível às condições do mercado de trabalho e ao nível de atividade econômica.


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