Leve queda

Abertura: Ibovespa escorrega e decepciona após sequência de recordes

Índice abre em leve queda e perde fôlego com realização de lucros; Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) limitam perdas, mas bancos pesam no resultado.

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Abertura: Ibovespa escorrega e decepciona após sequência de recordes
  • Bancos realizam lucros, e dólar sobe para R$ 5,40 em dia de cautela no exterior.
  • Ibovespa abre em queda de 0,15%, aos 150.475,93 pontos, após sequência de recordes.
  • Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) avançam e ajudam a limitar as perdas do índice.

Depois de uma maratona de recordes, o Ibovespa perdeu ritmo nesta terça-feira (5) e abriu o pregão em queda de 0,15%, aos 150.475,93 pontos. O movimento foi puxado pela realização de lucros e pela cautela dos investidores com o cenário externo.

Apesar da leve retração, o índice mantém o clima de otimismo que marcou as últimas sessões, sustentado pelo desempenho positivo das ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4). Ambas seguraram um tombo maior no principal indicador da Bolsa brasileira.

Mineração e petróleo seguram perdas

Entre as blue chips, Vale (VALE3) registrou alta de 0,22%, acompanhada pela Petrobras (PETR4), que avançou 0,26%. A valorização dos papéis ajudou a conter a pressão vinda do setor bancário, principal responsável pela fraqueza do índice no dia.

O setor de commodities segue sendo o pilar do Ibovespa, mesmo com oscilações pontuais nas cotações internacionais do minério e do petróleo. Assim, segundo analistas, o desempenho positivo reflete expectativas de retomada da demanda chinesa, o que dá suporte ao humor local.

Ainda assim, a falta de novidades relevantes e o tom mais cauteloso no exterior limitaram o avanço dos ativos, reforçando um ajuste técnico natural após a sequência de ganhos expressivos.

Bancos pesam e realizam lucros

As ações dos grandes bancos ficaram mistas, mas com viés negativo. Itaú (ITUB4) caiu 1,25%, enquanto Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) registraram leves altas de 0,09% cada.

Para analistas, o movimento reflete uma realização de lucros após os fortes avanços recentes e uma recomposição de carteiras no setor financeiro. Além disso, o fluxo vendedor foi suficiente para impedir uma nova alta do índice.

Portanto, o segmento financeiro tem sido um dos motores da Bolsa nas últimas semanas, mas tende a oscilar em períodos de incerteza internacional e reprecificação de juros.

Exterior e câmbio pressionam o humor

No cenário externo, os índices futuros de Nova York abriram em leve baixa. O Dow Jones Futuro caiu 0,01%, o S&P500 Futuro recuou 0,18% e o Nasdaq Futuro perdeu 0,29%. O dólar comercial, por sua vez, subiu a R$ 5,40, enquanto os juros futuros (DIs) recuaram, refletindo a busca por proteção cambial.

O ajuste global de portfólios, contou com investidores avaliando o impacto das últimas sinalizações sobre política monetária nos Estados Unidos. Ademais, no Brasil, o foco segue nas discussões fiscais e no ritmo da economia doméstica até o fim do ano.

Por fim, analistas destacam que, mesmo com a leve queda, o mercado segue em um ponto de consolidação saudável, com espaço para novas altas se os próximos indicadores macroeconômicos vierem positivos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.