
- Ibovespa fechou em leve queda de 0,04%, aos 137.719 pontos
- Bancos pressionaram o índice, com destaque para BBAS3 em queda de 1,57%
- Petrobras avançou 0,20% e ajudou a limitar perdas mais fortes
O Ibovespa terminou o pregão desta quarta-feira (27) praticamente estável, com leve queda de 0,04%, aos 137.719,27 pontos. A sessão foi marcada por ajustes pontuais e baixa liquidez, refletindo cautela no mercado doméstico.
Entre as ações de maior peso, Vale (VALE3) recuou 0,11%, enquanto Petrobras (PETR4) avançou 0,20%, garantindo algum fôlego ao índice. O setor bancário, por outro lado, pesou negativamente, com quedas relevantes no Banco do Brasil e Itaú.
Bancos pesam no índice
As ações do setor bancário tiveram desempenho negativo e limitaram qualquer reação positiva do Ibovespa. Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,57%, enquanto Itaú (ITUB4) recuou 0,57% e Bradesco (BBDC4) perdeu 0,18%. Santander (SANB11) foi exceção, mas avançou apenas 0,04%, sem força para equilibrar o setor.
A cautela com os bancos reflete o cenário de juros ainda elevados e a preocupação com a qualidade da carteira de crédito, especialmente em momentos de desaceleração econômica.
Com o peso relevante dessas ações na composição do índice, o impacto foi imediato, segurando o desempenho geral da bolsa.
Petrobras segura perdas
Na contramão, Petrobras (PETR4) garantiu algum equilíbrio, subindo 0,20%. O movimento foi sustentado pela alta moderada do petróleo no mercado internacional e pela expectativa de estabilidade nos dividendos da estatal.
Apesar da leve alta, os ganhos não foram suficientes para contrabalançar as perdas em outros setores. Assim, a oscilação limitada também mostra que investidores permanecem atentos às discussões sobre política de preços e governança na companhia.
Vale (VALE3), por sua vez, seguiu pressionada pela volatilidade do minério de ferro e recuou 0,11%, reforçando o tom neutro da sessão.
Cenário externo e dólar em alta
No exterior, o dia foi de pequenas quedas nos índices futuros de Nova York. O Dow Jones caiu 0,01%, o S&P500 perdeu 0,03% e a Nasdaq recuou 0,06%. O movimento refletiu ajustes antes da divulgação de novos indicadores de emprego e inflação nos Estados Unidos.
Ademais, no câmbio, o dólar avançou 0,20%, cotado a R$ 5,44, acompanhando o clima de aversão ao risco. Já os juros futuros (DIs) oscilaram de forma mista, sem tendência clara, em meio às expectativas sobre a política monetária do Banco Central.
Por fim, esses fatores combinados reforçaram a cautela dos investidores e mantiveram o Ibovespa preso a um movimento lateral, sem grandes direções.