- O dólar iniciou a semana em baixa, sendo cotado a R$ 6,138 na venda, refletindo o desempenho negativo das moedas de mercados emergentes
- Investidores aguardam dados de inflação no Brasil e de emprego nos EUA, que podem impactar a política monetária e influenciar o mercado cambial
- O Banco Central realiza leilão de até 15.000 contratos de swap cambial para rolar vencimento de 3 de fevereiro de 2025 e manter a estabilidade do mercado
O dólar comercial iniciou a semana com uma queda nas primeiras negociações desta segunda-feira (6), alinhado ao desempenho negativo das moedas de mercados emergentes.
O movimento de baixa da moeda americana ocorre em um cenário de cautela, com os investidores posicionando-se para a divulgação de uma série de dados econômicos importantes nos próximos dias.
Entre esses números estão os índices de inflação no Brasil e os dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que devem trazer novos direcionamentos para os mercados financeiros.
Cotação
Às 9h12, o dólar à vista estava cotado a R$ 6,138 na venda, uma queda de 0,69% em relação ao fechamento da última sessão. No mesmo horário, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também apresentava queda de 0,93%, sendo negociado a R$ 6,157.
No fechamento de sexta-feira (3), o dólar à vista havia registrado uma leve alta de 0,29%, fechando o dia a R$ 6,183 na venda. Dessa forma, após acumular uma perda de quase 0,2% na semana passada.
O movimento de queda do dólar nesta segunda-feira reflete uma maior cautela nos mercados financeiros internacionais. Especialmente nos emergentes, que estão acompanhando de perto a trajetória da inflação e dos dados econômicos nos EUA e no Brasil.
A expectativa é que os números possam influenciar a política monetária dos dois países, afetando diretamente os fluxos de capital e as decisões dos investidores.
Estabilidade
Em paralelo, o Banco Central do Brasil anunciou que realizará nesta segunda-feira um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional. Contudom, com o objetivo de rolar o vencimento que ocorrerá em 3 de fevereiro de 2025.
Esse leilão visa manter a estabilidade do mercado de câmbio e garantir que o BC tenha a capacidade de administrar a liquidez e a volatilidade da moeda americana no Brasil.
Atenção do mercado
A política monetária do Brasil tem sido um dos focos de atenção do mercado. Especialmente em um contexto de alta inflação e os desafios econômicos internos.
Analistas e investidores acompanharão de perto os dados de inflação no Brasil, em busca de sinais de avanço no controle da inflação.
O que poderia, portanto, influenciar a política de juros do Banco Central.
Além disso, o mercado de trabalho nos Estados Unidos continua sendo uma variável importante para os mercados globais.
Os dados de emprego nos EUA, a serem divulgados em breve, indicarão a saúde da economia e a direção da política monetária do Federal Reserve (Fed).
O banco central dos EUA tem mantido uma postura agressiva em relação ao aumento das taxas de juros. Assim, com o objetivo de combater a inflação, e os investidores estarão atentos a qualquer sinal de mudança nesse ritmo.
O dólar turismo, que reflete as operações de compra e venda para consumidores, também registrou variação, sendo negociado a R$ 6,263 na compra. E, ainda, e R$ 6,443 na venda. Esse mercado, embora mais volátil, também sente os efeitos da instabilidade cambial e das perspectivas econômicas.
Em resumo, o dólar inicia a semana em baixa, com os mercados atentos à divulgação de dados econômicos chave que podem impactar as políticas monetárias no Brasil e nos EUA.
O câmbio será influenciado pelas decisões dos bancos centrais, pela inflação local e pela evolução do mercado de trabalho nos EUA. Contudo, fatores que guiarão as ações dos investidores nas próximas semanas.