- O dólar iniciou o dia em alta, com investidores reagindo à possibilidade de Trump impor tarifas sobre México e Canadá, além de novas taxas sobre a China, por conta do envio de fentanil
- Os investidores monitoram os próximos dados de inflação nos Estados Unidos, que podem afetar as decisões do Federal Reserve sobre as taxas de juros, impactando diretamente o câmbio global
- Para controlar a volatilidade, o Banco Central do Brasil anunciou a realização de um leilão de 15.000 contratos de swap cambial, com foco na rolagem de vencimento de março de 2025
O dólar iniciou o dia com alta frente ao real nesta sexta-feira (31), impulsionado pela expectativa do mercado em relação à possível imposição de tarifas de importação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o México e o Canadá.
O movimento ocorreu enquanto os investidores aguardam a divulgação de dados importantes sobre a inflação norte-americana.
Tarifas em foco
Trump intensificou as especulações sobre tarifas, indicando que poderá anunciar taxas de 25% para produtos do México e do Canadá no sábado (1º).
O presidente americano mencionou que a China pode receber novas tarifas devido ao envio de fentanil, opioide responsável pela crise de overdose nos Estados Unidos.
Trump enfatizou que o fentanil precisa parar de ser enviado aos EUA e que, por esse motivo, as tarifas sobre a China serão implementadas em breve.
A movimentação em torno de tarifas comerciais e o impacto potencial no comércio global aumentaram a incerteza no mercado. Contudo, refletindo-se diretamente na cotação do dólar.
A alta nas taxas de juros nos Estados Unidos, assim como os impactos econômicos das tarifas, fazem com que o mercado se posicione cautelosamente. Dessa forma, gerando volatilidade no câmbio.
Cotação do dólar
Às 9h10, o dólar à vista registrava uma alta de 0,18%, sendo negociado a R$ 5,862 na compra e R$ 5,863 na venda. Já o dólar futuro, com vencimento em fevereiro, mostrava uma leve queda de 0,043%, cotado a R$ 5,853.
O movimento também reflete a incerteza com relação aos próximos passos econômicos, não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. A semana foi marcada por anúncios fiscais, com o mercado absorvendo as implicações das ações de Trump sobre o comércio internacional.
Expectativas da inflação nos EUA e impacto no mercado
Outro fator que mantém os investidores atentos são os dados sobre a inflação nos Estados Unidos, que serão divulgados nos próximos dias. O resultado desses números pode fornecer pistas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed), impactando diretamente o comportamento do dólar.
Caso a inflação se mantenha alta, o Fed pode ser pressionado a aumentar ainda mais as taxas de juros. Assim, o que tende a valorizar o dólar, afetando também outras moedas emergentes, como o real.
Leilão do Banco Central
O Banco Central do Brasil anunciou um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem de vencimento. Contudo, o que pode gerar um certo alívio na volatilidade da moeda, mas sem evitar completamente os efeitos da flutuação cambial global. O mercado segue atento à movimentação das autoridades monetárias. Além disso, às reações do mercado aos dados de inflação nos EUA.
Enquanto o dólar se aproxima de R$ 5,87, o cenário internacional permanece instável. Assim, com o câmbio refletindo as tensões comerciais e a busca dos investidores por mais clareza nas ações econômicas nos próximos meses.