- A moeda caiu 0,09%, cotada a R$ 5,91, com investidores cautelosos
- O presidente dos EUA ameaça aumentar tarifas, impactando mercados e tecnologia
- A tecnologia chinesa de IA de baixo custo afeta ações e o mercado cambial global
O dólar à vista registrou leve queda nos primeiros negócios desta terça-feira (28), refletindo um ambiente de cautela no mercado cambial. Às 9h12, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 5,909 na compra e R$ 5,910 na venda, uma queda de 0,09% em relação ao dia anterior.
No mercado futuro, o dólar para fevereiro subia 0,25%, cotado a 5,914 pontos. Dessa forma, um indicativo de que os investidores ainda mantêm certa volatilidade nas expectativas.
Na segunda-feira, o dólar havia fechado em leve baixa de 0,09%, a R$ 5,9128, assim, o menor valor desde 26 de novembro de 2024, quando a moeda foi cotada a R$ 5,8096.
Movimento do câmbio
O movimento do câmbio reflete um contexto mais amplo de incertezas globais, com o mercado focado nas medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Contudo, que comentou sobre a possibilidade de novas tarifas sobre produtos importados.
Trump afirmou na noite de segunda-feira (27) que pretende aumentar substancialmente as tarifas globais, citando uma possível elevação acima de 2,5%. Esse comentário veio após uma declaração do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ao Financial Times, que sugeriu a implementação de tarifas iniciais de 2,5%, com aumento gradual.
Embora ainda sem detalhes sobre prazos ou países-alvo, a ameaça de tarifas globais tem gerado tensão nos mercados financeiros. Em especial, no setor de tecnologia, que tem sido um dos maiores alvos de retaliações comerciais nos últimos anos.
Além disso, os investidores também estão atentos ao impacto da venda global de ações de tecnologia. Ainda, impulsionada pela entrada no mercado de uma nova tecnologia de inteligência artificial chinesa a um custo mais baixo.
O modelo de IA, que promete revolucionar o setor, colocou pressão nas empresas de tecnologia ocidentais. Que enfrentam, no entanto, dificuldades para competir com os preços agressivos do novo produto chinês.
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Esse movimento de vendas afetou principalmente as ações de empresas de tecnologia. E, contudo, tem reflexos no câmbio, visto que, os investidores buscam proteger seus portfólios em meio à volatilidade.
Cotação e Swap cambial
No mercado doméstico, o Banco Central anunciou que realizará um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional. Assim, visando rolar o vencimento de março de 2025.
A medida foi bem recebida pelo mercado, uma vez que os swaps cambiais são instrumentos usados para suavizar a volatilidade cambial. E, dessa forma, garantir mais estabilidade no mercado de câmbio.
O dólar turismo, que reflete o valor da moeda em transações de câmbio realizadas para viagens, estava cotado entre R$ 5,943 na compra e R$ 6,123 na venda, variando conforme o momento de negociação.
A oscilação do dólar também está relacionada à expectativa de novos ajustes econômicos, tanto nos EUA quanto no Brasil, em um cenário de inflação elevada e políticas fiscais mais apertadas.
Embora o dólar tenha registrado uma leve queda hoje, a pressão externa, com as ameaças tarifárias de Trump e o impacto da tecnologia chinesa, continua a gerar incertezas no mercado financeiro.
A cotação da moeda norte-americana está sendo impulsionada por esses fatores, e a expectativa é de que a volatilidade continue a dominar os mercados internacionais nos próximos dias.
Com as negociações do mercado de câmbio sendo moldadas por uma combinação de fatores globais e internos, os investidores continuam atentos às possíveis consequências dessas movimentações, que podem impactar tanto as taxas de câmbio quanto o valor das ações no Brasil e no exterior.
