
- C&A (CEAB3) consolida ganhos após rali e mantém viés positivo no médio prazo.
- Cogna (COGN3) dispara 254% e lidera o rali da Bolsa em 2025.
- Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) se destacam com mais de 100% de valorização.
Em 2025, o Ibovespa vive um momento histórico. O rali levou o índice a ultrapassar, pela primeira vez, os 150 mil pontos. Assim, com alta acumulada de mais de 25% no ano, a Bolsa brasileira reflete o otimismo crescente com o ambiente econômico e o avanço dos setores ligados ao consumo e ao crédito.
Nesse cenário, algumas empresas se destacam de forma impressionante. Cogna (COGN3), Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e C&A (CEAB3) figuram entre as maiores altas da Bolsa, com ganhos que ultrapassam 100% em 2025, impulsionadas por fundamentos sólidos e pela retomada da confiança dos investidores.
Cogna (COGN3): o fenômeno do ano
A Cogna (COGN3) se consolidou como a grande estrela da Bolsa em 2025. A ação dispara 254,28% no acumulado do ano, refletindo a reestruturação operacional e a retomada do setor educacional privado. Em outubro, a alta foi de 11,98%, marcando o terceiro mês consecutivo de ganhos.
O papel mantém uma estrutura técnica claramente ascendente, com topos e fundos em elevação e suporte das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que indica força compradora. No último pregão, o ativo encerrou próximo à máxima anual de R$ 3,80, reforçando o controle dos compradores e a continuidade da tendência.
Apesar de o IFR (14) estar em 75,13 pontos, nível de sobrecompra, o cenário técnico ainda favorece novos avanços. Analistas destacam que, mesmo com correções pontuais, o viés segue construtivo e há espaço para mais valorização.
Cury (CURY3): setor imobiliário em alta
A Cury (CURY3) é outro destaque do ano, acumulando alta de 114,13% em 2025. A empresa se beneficia do ciclo de crédito mais favorável e da força do setor imobiliário, que vem sustentando ganhos consistentes no Ibovespa.
Ademais, a ação mantém tendência primária positiva, com médias móveis curtas em suporte e três meses consecutivos de alta. No último pregão, o papel fechou em R$ 34,98, após testar a máxima anual de R$ 35,31, principal resistência de curto prazo.
Desse modo, com o IFR (14) em 72,01 pontos, o ativo indica sobrecompra e pode passar por leve correção técnica. Mesmo assim, analistas veem continuidade do fluxo comprador, apoiado na demanda firme e na confiança crescente no setor de construção.
Direcional (DIRR3): construção segue acelerada
A Direcional Engenharia (DIRR3) mantém trajetória sólida e avança 112,31% em 2025. Nesse sentido, a ação encerrou outubro com alta de 5,01%, confirmando o terceiro mês seguido de ganhos e reforçando a tendência de alta no curto prazo.
O gráfico técnico mostra topos e fundos ascendentes, sustentados pelas médias móveis de 9 e 21 períodos, e o ativo segue próximo à máxima anual de R$ 17,20. Além disso, o IFR (14), em 74,17 pontos, sugere uma eventual pausa técnica, mas o cenário ainda é otimista, segundo analistas.
Portanto, enquanto o segmento de construção civil mantém ritmo aquecido, a Direcional se beneficia da demanda por habitação popular e das políticas de crédito voltadas à renda média, o que deve sustentar seu desempenho nos próximos meses.
C&A (CEAB3): correção após o rali
A C&A (CEAB3) ainda acumula alta de 106,59% no ano, mesmo após passar por dois meses consecutivos de queda. Após atingir a máxima histórica de R$ 21,30 em julho, a ação entrou em fase de correção técnica, ajustando parte dos ganhos anteriores.
Ademais, o ativo opera agora dentro de um canal de consolidação, e analistas apontam que a superação da resistência em R$ 16,30 pode sinalizar retomada do movimento de alta. Já a perda do suporte em R$ 14,72 abriria espaço para novas baixas.
Por fim, mesmo com o IFR (14) em 43,98 pontos, zona neutra, o viés de médio e longo prazo segue positivo, sustentado pela recuperação gradual do consumo e pelo avanço das vendas no varejo.