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Os mercados europeus fecharam a quarta-feira (14) mistos. Os investidores continuaram a digerir os números de inflação divulgados nos Estados Unidos. No continente, a inflação do Reino Unido chegou a 2,5%, a maior alta desde fevereiro de 2018, colocando pressão nas expectativas dos agentes em relação às mudanças na política monetária do país insular, ao passo que a economia reabre e os gargalos nas cadeias de suprimentos se intensificam.
Na Zona do Euro, a produção industrial decepcionou as expectativas, caindo 1,0% em maio. Mesmo com o dado negativo, o BCE (Banco Central Europeu) considera que a economia do continente está em retomada, embora a variável delta continue sendo um fator de risco.
Após a volatilidade em Wall Street, com os investidores aguardando a fala de Powell e digerindo os números de inflação, a fala do presidente do FED contribuiu para acalmar os ânimos. O representante da autoridade monetária do país, em seu discurso, disse que o Banco Central continuará a estimular a economia do país até que ela se recupere completamente, mantendo a perspectiva de que o a inflação é transitória. Tal posicionamento fez com que os rendimentos dos títulos de dez anos caíssem e os mercados voltassem a operar em alta.
A bolsa brasileira fechou em alta, de olho no bom-humor de Nova York. No Brasil, fatores limitadores, como os ruídos políticos em torno da CPI da COVID-19, continuaram no radar dos investidores. A fala de Paulo Guedes referente à intervenção nos preços no mercado de aço fez com que os setores de mineração, siderurgia e metalurgia fechassem em queda. Quanto à conjuntura econômica, o IBC-Br registrou queda de 0,43%, abaixo da expectativa de alta de 1,00%.
Para hoje (15/07): Na Ásia e na Oceania, os principais índices fecharam em alta, com os investidores de olho nos dados acima do esperado para a indústria e o varejo na China e repercutindo o discurso dovish de Powell, embora o PIB do segundo trimestre indique menor avanço da economia do país.
Na Europa, os mercados operam em queda generalizada, com a queda no petróleo em meio aos receios à demanda por parte da OPEP+, enquanto os agentes esperam nova fala de Powell. Quanto aos dados de conjuntura do dia, destacam-se os dados do mercado de trabalho do Reino Unido, com a taxa de desemprego saindo de 4,70% para 4,80%.
Nos Estados Unidos, os futuros também operam em queda, seguindo os temores em torno da OPEP+ e aguardando novo discurso de Powell. Ao longo do dia, também serão divulgados os pedidos semanais por seguro-desemprego e dados da produção industrial.
No Brasil, os futuros abrem em queda, seguindo os pares globais. Os investidores também estarão atentos aos desdobramentos políticos em torno da CPI da Covid-19 e ao processo de vacinação.
Ainda de olho em Brasília, o Congresso avaliará o projeto para viabilizar o programa que tem o objetivo de substituir o Bolsa Família. O Bacen fará leilões de swap cambial a partir das 11h30. E o Tesouro fará ofertas de LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031; e LFT para 2023 e 2027.
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