Continua após o anúncio
Um caso de confiança abalada e perdas milionárias envolvendo uma família de Goiás veio à tona esta semana. Segundo informações divulgadas pela TV Anhanguera, afiliada da Globo, uma idosa decidiu processar seu genro após descobrir que ele perdeu R$ 12 milhões de seu dinheiro, a maior parte em bitcoin, uma das principais moedas digitais do mercado.
De acordo com a reportagem, a idosa, que teve sua identidade preservada, transferiu o montante ao genro acreditando que ele faria boas aplicações financeiras. Além disso, ela assinou contratos de gestão de seus recursos sem verificar os detalhes, confiando plenamente nas promessas do genro de que os investimentos estavam seguros e gerando lucro.
Sempre que questionava o andamento dos aportes, ele a tranquilizava, garantindo que tudo estava sob controle. Contudo, em 2022, a situação mudou drasticamente. A idosa descobriu que o genro enfrentava grandes perdas financeiras, somando um prejuízo estimado em R$ 20 milhões.
Índice de conteúdo
Sogra cobra explicações e busca justiça
Ao confrontar o genro, ele confessou a falha nos investimentos e confirmou que o dinheiro da sogra também havia sido perdido. Mesmo após insistentes pedidos, ele não conseguiu apresentar provas conclusivas sobre como o valor foi aplicado nem justificou a totalidade das perdas.
Dois filhos da idosa também foram prejudicados no esquema, aumentando a gravidade do caso. Em busca de recuperar parte dos valores, a mulher decidiu recorrer à Justiça. Em maio de 2024, o tribunal determinou que o genro apresentasse documentos que comprovassem a insolvência e detalhassem as operações financeiras. No entanto, segundo o advogado da idosa, até o momento, tais informações não foram entregues.
Hoje, a mulher relata estar doente e sem dinheiro, vivendo uma situação de vulnerabilidade financeira enquanto luta para resolver o imbróglio.
Riscos de delegar investimentos em bitcoin
O caso traz à tona uma importante discussão sobre os riscos de delegar a gestão de investimentos em ativos voláteis como o bitcoin. Apesar de sua popularidade e potencial de lucro, o bitcoin é conhecido por apresentar flutuações bruscas de preço, tornando-o uma escolha de alto risco para investidores.
Delegar o controle desses investimentos a terceiros, mesmo que sejam parentes, aumenta significativamente os riscos de má gestão, golpes ou decisões mal orientadas. Além disso, o investidor perde a autonomia necessária para reagir a mudanças rápidas no mercado, o que pode agravar perdas.
Especialistas alertam que a confiança, embora importante, não substitui a necessidade de diversificação de estratégias, controle direto sobre os ativos e conhecimento do mercado.
Bitcoin recua para US$ 92 mil após pico, arrastando altcoins
Após semanas de alta expressiva, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, enfrentou uma forte correção entre segunda (25) e terça-feira (26), levando o preço a despencar para US$ 92 mil. A queda ocorre após o ativo atingir um pico histórico de US$ 99.800 na última sexta-feira, frustrando expectativas de ultrapassar a barreira dos US$ 100 mil.
No final de semana, o Bitcoin já dava sinais de enfraquecimento, recuando para US$ 98 mil no sábado e US$ 96 mil no domingo. Contudo, o momento mais impactante ocorreu na manhã de segunda-feira, quando o BTC chegou a recuperar o nível de US$ 99 mil temporariamente, mas enfrentou intensa pressão de vendas.
Na terça-feira, o preço caiu de forma acelerada, atingindo US$ 92.026, de acordo com dados do CoinGecko. Isso representa uma desvalorização de 6,3% em 24 horas e uma perda acumulada de US$ 6 mil em questão de horas.
Especialistas apontam que correções como essa são comuns após períodos de alta prolongada. Nas últimas três semanas, o Bitcoin havia valorizado cerca de 40%, embalado por um otimismo renovado no mercado de criptomoedas.
Impactos no valor de mercado e dominância
Com o declínio no preço, o valor de mercado do Bitcoin caiu para menos de US$ 1,81 trilhão, enquanto sua dominância no mercado de criptomoedas recuou para 55%, evidenciando uma maior fragilidade em relação às altcoins.
Analistas divergem sobre o futuro do ativo no curto prazo. Enquanto alguns acreditam que novas quedas podem ocorrer, outros avaliam que o ciclo de alta geral ainda está em andamento e que a criptomoeda pode recuperar terreno nas próximas semanas.
Altcoins seguem em queda generalizada
Além do Bitcoin, diversas altcoins também registraram quedas significativas nas últimas 24 horas. O Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda por valor de mercado, recuou 4,7%, sendo negociado a US$ 3.306.
Outras altcoins populares também enfrentaram desvalorizações severas:
- Solana (SOL), XRP, Dogecoin (DOGE), Cardano (ADA), Avalanche (AVAX) e Polkadot (DOT) caíram entre 7% e 13%.
- Projetos menores, como Sandbox (SAND), Stellar (XLM) e Raydium (RAY), apresentaram perdas ainda mais acentuadas, de aproximadamente 20%.
Nenhuma altcoin entre as 100 maiores por valor de mercado operava em alta no momento da redação desta matéria, indicando uma correção generalizada no setor.
Movimento de venda e perspectivas futuras
A correção no preço das criptomoedas pode ser explicada, em parte, pela realização de lucros após o intenso rali das últimas semanas. Muitos investidores decidiram vender seus ativos para capitalizar os ganhos acumulados, contribuindo para a pressão de venda observada.
Apesar disso, o mercado continua dividido quanto ao futuro. Para alguns analistas, o momento é de cautela, especialmente com a possibilidade de novas quedas no curto prazo. Outros, no entanto, permanecem otimistas, destacando que o interesse por criptomoedas segue em alta e que o cenário macroeconômico global ainda favorece a valorização de ativos digitais no médio e longo prazo.
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.