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Necessidade de diversificar a matriz energética foi a principal lição da crise hídrica do ano passado

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Grupo Safira avalia que investimentos em outras fontes alternativas à hidrelétrica, como renováveis solar e eólica, são fundamentais em favor de uma maior segurança energética

A crise hídrica de 2021 trouxe muitas lições e evidenciou claramente para o Brasil que é preciso diversificar a matriz energética, pois a atual, apesar de ser uma das mais renováveis do mundo, ainda é muito dependente da água, com 54% da geração proveniente de hidrelétricas. Investir em outras fontes, especialmente as renováveis como solar e eólica, é primordial, na avaliação do Grupo Safira, um dos principais do ecossistema de energia do País.

“Nos últimos anos tivemos períodos úmidos abaixo da média histórica, o que fez disparar o preço da energia. Por outro lado, o Brasil tem se tornado referência na expansão de fontes alternativas, e a crise demonstrou que precisamos acelerar essa mudança no longo prazo, mantendo os investimentos feitos para chegar lá”

afirma Raphael Vasques, coordenador de Gestão e de Inteligência de Mercado do Grupo Safira.

Ele lembra que, na fotovoltaica, o Brasil passou de 26º, em 2017, para 13º maior gerador em 2021, e, no ano passado, posicionou-se como o quarto país que mais adicionou energia solar à sua matriz.

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Além da questão da diversificação, outra lição importante deixada pela crise hídrica foi que o estímulo do deslocamento do consumo para fora do horário de pico pode trazer bons resultados e aliviar o SIN (Sistema Interligado Nacional). Foi o que ocorreu com o programa de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica, que teve aderência muito boa entre as empresas no ano passado.

“Medidas como estas, além de beneficiarem o sistema, podem trazer vantagens financeiras aos consumidores, incluindo a redução dos custos com eletricidade e o menor risco de racionamento. O PLD horário, implementado em 2021, favorece a tomada de decisão para que uma empresa desloque seu consumo para fora do horário de pico”

explica o coordenador de Gestão e de Inteligência de Mercado do Grupo Safira.

Para Vasques, as fontes alternativas e renováveis de energia podem trazer mais segurança energética. Com a evolução tecnológica dos equipamentos usados para gerar energia solar e eólica, pode-se baratear o custo de produção e, consequentemente, ampliar a oferta e reduzir os preços de energia do mercado. Além disso, a aprovação da PL 414 na Câmara dos Deputados é imprescindível para a abertura do mercado de energia, a diversificação e a maior competitividade do setor, fazendo com que os consumidores possam acessar diversos fornecedores de diferentes fontes.

O caminho que o Brasil vem seguindo, de desenvolver as fontes alternativas de energia, tem se mostrado bastante acertado, destacadamente a partir da pandemia, diante da alta acentuada do petróleo e de todos os produtos e serviços que dependem dessa commodity. Não resta dúvida de que a melhor solução para este problema é a diversificação da matriz energética e o consumo responsável de energia”

finaliza Vasques.

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Diogo Albuquerque

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