Mercado Imobiliário

5 tendências do mercado imobiliário para 2025

Em alta, setor deve apostar ainda mais em práticas sustentáveis e digitais; aluguel por temporada também é tendência, segundo o economista Rafael Rossi.

imóveis rio de janeiro
imóveis rio de janeiro

2024 foi um ano de alta para o mercado imobiliário. No acumulado de janeiro a setembro, os lançamentos cresceram 17,3%, totalizando 292.557 unidades, e as vendas aumentaram 19,7%, com 259.863 unidades comercializadas. O faturamento total alcançou R$ 163 bilhões. Esses dados refletem a comparação com o ano anterior, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O economista Rafael Rossi, CEO da Conviva, listou quais são as cinco principais tendências do setor imobiliário para o próximo ano para atender às novas demandas dos consumidores e investidores. Ele acredita que práticas mais sustentáveis e digitais, que já vem ganhando espaço nos últimos tempos, devem seguir em alta. Confira as principais apostas.

1. Crescimento do aluguel por temporada

O segmento segue como uma alternativa lucrativa e atrativa para os investidores, que obtêm um retorno maior em comparação com o aluguel tradicional. Plataformas como Airbnb consolidaram um modelo de economia compartilhada que atende diversos tipos de locatários, como turistas e executivos que buscam mais praticidade e preço mais acessível.

“Tivemos várias propostas de regulamentação para a atividade em 2024 e esperamos que elas avancem, trazendo mais segurança jurídica e aperfeiçoando a qualidade do serviço. O número de reservas no Airbnb triplicou entre 2021 e 2023, mostrando que o mercado de aluguel por temporada já é uma realidade consolidada”, diz Rossi.

2. Regulação

As novas formas de se viver e de se alugar exigem que a legislação brasileira se adapte. Em 2024, o andamento do Projeto de Lei (PL) 3322/23, que altera o prazo máximo de locação por temporada de 90 dias para 10 meses, e o PL 2795/24, que dá autonomia às assembleias de condôminos para assegurar a prática da locação de curta temporada dentro das regras internas, foram importantes pontos na Câmara dos Deputados e que precisam voltar à pauta em breve.

“A demanda por moradia temporária cresceu muito nos últimos anos, por isso, é preciso rever algumas regras que foram estabelecidas há muito tempo. Textos legais que compreendam essas transformações devem aumentar a segurança jurídica e impulsionar ainda mais esse modelo de negócio no país”, afirma o CEO da Conviva.

3. Propriedades inteligentes

A digitalização do setor está avançando rapidamente, impulsionada por tecnologias como automação residencial e o uso de inteligência artificial. Imóveis inteligentes, equipados com dispositivos conectados via Internet das Coisas (IoT), oferecem maior comodidade e segurança, conquistando um público exigente. Além disso, plataformas digitais para compra, aluguel e gestão de propriedades continuam ganhando força, proporcionando agilidade e transparência nas transações.

4. Multifamily

Segundo o especialista, essa é uma cultura que vem ganhando espaço aos poucos no Brasil e é uma grande aposta para o próximo ano.

“O empreendimento imobiliário é projetado para ser gerido por um fundo ou um grupo de investidores, sendo todo pensado, desde a concepção do projeto até a comercialização, com foco na redução do custo operacional. Dessa forma, todos saem ganhando”, declara Rossi.

5. Sustentabilidade

Segundo levantamento da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), 66% dos brasileiros consideram importante e estão dispostos a pagar mais por imóveis com energia solar; enquanto 56% demonstram interesse por tecnologias para reutilização de água de chuva.

“Os consumidores estão mais conscientes sobre seu papel na preservação do meio ambiente. Imóveis que incorporem práticas de eficiência energética e tecnologias verdes têm se tornado mais atrativos além de proporcionarem economia de longo prazo para os moradores”, aponta o especialista.