A partir de 3 de março, as provas de certificação da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) passam por mudanças significativas em seu conteúdo.
Agora, os profissionais que buscam essas certificações precisarão adquirir conhecimentos em criptoeconomia, que abrange temas como criptomoedas, finanças descentralizadas (DeFi) e tokens não-fungíveis (NFTs).
Novas Certificações: C-Pro I e C-Pro R
No segundo semestre de 2024, a Anbima anunciou essas alterações importantes, introduzindo duas novas certificações: C-Pro I e C-Pro R, que exigem a obtenção prévia da CPA (Certificado Profissional Anbima). Além dessas, a CEA (Certificação Anbima de Especialistas em Investimento) também será afetada.
A associação destacou que as novas certificações “focam nas atividades desempenhadas pelos profissionais de distribuição de produtos de investimento” e afirmaram que não haverá equivalência direta, mas uma reformulação completa para atender às demandas do mercado.
A Anbima identificou a necessidade de expandir os temas abordados nas certificações, considerando o crescimento do mercado de capitais e o surgimento de novos produtos financeiros. A criptoeconomia, reconhecida como um segmento em expansão, foi dividida em duas áreas temáticas:
- Finanças Descentralizadas (DeFi)
- Entender a diferença entre finanças tradicionais e descentralizadas.
- Compreender as vantagens das finanças descentralizadas.
- Explicar o que são smart contracts e seu uso em DeFi.
- Compreender a técnica de tokenização.
- Investimentos em Criptoativos
- Transações de criptoativos no mercado financeiro.
- Regulamentação dos criptoativos conforme o parecer da CVM 40.
- ETFs de criptomoedas e suas principais características.
- Funcionamento e segurança das carteiras digitais.
- Acesso a criptomoedas e os riscos associados.
Essa atualização no conteúdo das provas apontam para uma tendência crescente no mercado financeiro brasileiro, onde a compreensão de criptomoedas e tecnologias relacionadas se torna essencial para profissionais da área.
Além disso, com o aumento da relevância das criptomoedas e a diversidade de produtos financeiros que surgem nesse cenário, essas novas demandas ajudam a preparar os profissionais para um futuro onde a tecnologia e o investimento digital desempenham papéis cruciais.