A B3 (B3SA3), bolsa do Brasil, iniciou a produção de registros de recebíveis de cartões, que representam a receita que os lojistas têm a receber com as vendas realizadas por meio de cartões de crédito ou débito.
O registro e a negociação de recebíveis tornou-se obrigatório no Brasil em junho de 2021 e, em seguida, a B3 recebeu a autorização do Banco Central para atuar como registrador.
Após período de testes de interoperabilidade com as outras registradoras que já atuam no mercado, a B3 anuncia a fintech de pagamentos B2B Marvin como seu primeiro cliente nesta operação.
A fintech foi lançada após a publicação da circular 3952 do BACEN com o objetivo de liberar o saldo das maquininhas para que os varejistas possam usar os recebíveis para pagar diretamente aos seus fornecedores sem precisar antecipar o recebimento das vendas.
“Não me recordo de um mercado que a B3 entrou e não tenha se tornado protagonista, certamente vão elevar o padrão”, comenta Bernardo Vale, co-fundador da Marvin, que complementa: “A Bolsa tem atualmente mais de 400 empresas listadas, muitas delas não tem ideia de como podem se beneficiar desse novo mercado. Juntos, vamos mostrar que praticamente todos os setores da economia podem ganhar com a nova regulação”.
Com a parceria, os clientes da Marvin terão seus contratos de cessão de crédito registrados na B3, o que viabiliza o pagamento de seus fornecedores, gerando assim uma nova forma de pagamento com novas possibilidades de negócios, menor risco para o fornecedor e maior flexibilidade para os lojistas.
“A estratégia da B3 nesse segmento é oferecer infraestrutura de alta qualidade com o intuito de viabilizar novos tipos de negócios. Queremos nos aproximar de clientes como fintechs e marketplaces, além de bancos pequenos e médios, que atuam de forma inovadora para garantir que os participantes possam realmente ser beneficiados, com a criação de novas formas de pagamento que otimizem os processos e barateiem as operações” diz Fernando Bianchini, Superintendente de Produtos da B3.