
- INSS suspende Banco Inter (INBR32), Paraná Banco, Facta e Cobuccio no consignado por descumprir regras.
- Banco Master já estava fora do sistema; Dataprev foi instruído a bloquear acessos operacionais.
- Contratos ativos seguem válidos; bloqueio atinge novas averbações até o fim das apurações.
O INSS suspendeu novas averbações de crédito consignado para Banco Inter (INBR32), Paraná Banco, Facta Financeira e Cobuccio SCD. As decisões, publicadas no Diário Oficial da União, são cautelares e valem até o fim das apurações.
Segundo o órgão, houve descumprimento de Acordos de Cooperação Técnica. Assim, a medida busca “cessar irregularidades e salvaguardar o interesse público” diante de reclamações crescentes.
Quem foi suspenso e por quê
Os despachos proíbem a inclusão de novos contratos para aposentados e pensionistas. Além disso, o INSS citou falhas como operações não reconhecidas, dificuldades para cancelamento e guarda inadequada de documentos.
Houve também indícios de problemas na autenticação biométrica e na atuação de correspondentes bancários. Desse modo, as instituições ficam impedidas de acessar o fluxo regular de averbação.
Enquanto isso, os processos administrativos seguem em curso para apurar responsabilidades e definir eventuais sanções.
Caso Master e efeito dominó
Na semana passada, o Banco Master já havia sido suspenso pelo “volume expressivo” de queixas. Na ocasião, o INSS orientou o Dataprev a cortar o acesso do banco aos ambientes operacionais do consignado.
O órgão condicionou uma reversão ao cumprimento integral das regras do produto e das normas de proteção ao consumidor. Portanto, o precedente acelerou o novo giro de fiscalização.
Com isso, o mercado de consignado entra em alerta, pois práticas recorrentes agora tendem a sofrer reação imediata do regulador.
O que muda para aposentados e próximos passos
Para o beneficiário, nada muda nos contratos já vigentes; o impacto recai sobre novas operações com as instituições suspensas. Porém, o bloqueio pode reduzir oferta e alongar prazos de aprovação em outros bancos.
O INSS prioriza a integridade do processo de averbação e o consentimento explícito do cliente. Por isso, reforça que toda contratação deve ser clara, validada e passível de cancelamento regular.
Por fim, as instituições poderão voltar ao sistema se provarem conformidade técnica e correção dos problemas apontados.