Na manhã desta terça-feira, 28 de janeiro de 2025, o preço do Bitcoin (BTC) subiu para R$ 609.969,22, marcando um aumento de mais de R$ 20 mil nas últimas 24 horas, com uma valorização superior a 4%. Os touros do mercado estão otimistas com a possibilidade de superar a barreira dos US$ 105 mil.
Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, ressaltou que essa recuperação evidencia a força da tendência de alta. Historicamente, fevereiro tem sido o segundo melhor mês para as criptomoedas, com o Bitcoin registrando valorização em 10 dos últimos 12 anos.
Por outro lado, Beto Fernandes, analista da Foxbit, alertou que o mercado deve se manter cauteloso, especialmente com eventos importantes, como reuniões sobre a decisão de juros nos Estados Unidos e na União Europeia, além de coletivas de imprensa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Essas incertezas podem impactar diretamente as decisões dos investidores.
Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, observou que o Bitcoin apresenta forte suporte em US$ 90.000. Ele explicou que a recente correção de preços sugere que o BTC poderá oscilar entre US$ 95.000 e US$ 102.000 nesta semana, dependendo se o mercado consegue romper a resistência ou se a pressão de venda levará o preço a níveis inferiores. Em um cenário de queda, uma quebra do suporte de US$ 90.000 poderia abrir caminho para novas desvalorizações, possivelmente até a faixa de US$ 85.000.
Impacto das tecnologias emergentes
Paula Zogbi, gerente de Research da Nomad, destacou que as recentes quedas ligadas ao avanço da inteligência artificial na China e a Deepseek não refletem diretamente o impacto dessa tecnologia sobre os criptoativos. Em vez disso, ela observa que o mercado de criptomoedas continua altamente correlacionado ao sentimento do setor tecnológico, o que resulta em movimentos coincidentes com o índice Nasdaq. Esse sentimento de aversão ao risco está gerando realizações de lucros, e como o mercado de criptomoedas opera 24/7, ele tende a reagir mais rapidamente às flutuações.
Zogbi enfatizou que, atualmente, Bitcoin e outros criptoativos não se comportam como um “ouro digital” devido à sua alta volatilidade, frequentemente superando as oscilações observadas em ações. Ela acredita que, no futuro, o Bitcoin pode se afirmar como uma reserva de valor, mas até lá, continuará a responder às oscilações do mercado.
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Outros sinais do mercado
Os preços elevados coincidiam com a aquisição de mais de 10.107 Bitcoins, totalizando aproximadamente US$ 1,1 bilhão, pela empresa de tecnologia MicroStrategy na última segunda-feira (27), conforme anunciado pelo presidente executivo, Michael Saylor. Essa compra pode ter contribuído para a dissociação entre a criptomoeda e os índices S&P 500 e Nasdaq, que sofreram um “terremoto” causado pela DeepSeek, resultando em perdas bilionárias no mercado acionário, enquanto Saylor celebrava a compra dos Bitcoins.
Outros sinais de cautela entre os investidores incluíam a alta do Cboe Volatility Index (VIX), conhecido como índice do medo, que subiu para 17,53 pontos (+18,05%), além das saídas líquidas de fundos negociados em bolsa (ETFs) americanos baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e Ethereum (ETH), que registraram respectivas saídas de US$ 457,48 milhões e US$ 136,25 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
No que diz respeito às principais altcoins em capitalização de mercado, o PENGU despencava para US$ 0,018 (-15,1%), o XCN caía para US$ 0,032 (-10%), enquanto o ALGO subia para US$ 0,38 (+9,2%), o XLM girava em torno de US$ 0,40 (+8,4%), e o FLR era negociado a US$ 0,025 (+8,2%). O ADA alcançava US$ 0,95 (+8,3%), o GALA se equiparava a US$ 0,030 (+8%), o SUI era avaliado em US$ 3,90 (+8%), e o IMX estava cotado a US$ 1,16 (+7,4%).
No segmento que abrange altas de dois a três dígitos percentuais, o JUP era negociado a US$ 1,20 (+23,2%), o XDC a US$ 0,11 (+18,9%), o HYPE a US$ 24,05 (+15,1%), e o DEEP alcançava US$ 0,26 (+36,7%). O preço do AERO era de US$ 1,08 (+22,4%), o TRIBL atingia US$ 2,93 (+125%), o ANON estava a US$ 15,01 (+28,3%), o FWOG valia US$ 0,12 (+41,9%), o NMT era comprado a US$ 3,44 (+29,1%), e o D era cotado a US$ 0,13 (+53,3%).
Entre as novas listagens nas exchanges de criptomoedas, destacavam-se XCN, ALCH, HIVE, SONIC, AVA, e ARC na Kraken Futuros, além de OCB e VICE na Gate.io, PASTERNAK e VVV na Coinbase, Bitget, Gate.io, AscendEX, BitMart, Kucoin e LBank, bem como SIGMA, PENGU e ME na Kraken.
