Alta nas queimadas

Brasil enfrenta mais de 3 mil incêndios em janeiro de 2025

Incêndios na Amazônia e no Cerrado chamam atenção, com Maranhão liderando em número de queimadas.

Brasil enfrenta mais de 3 mil incêndios em janeiro de 2025
  • Em janeiro de 2025, a Amazônia teve 1.219 focos e o Cerrado 726, representando a maior parte das queimadas no Brasil
  • Maranhão registrou 434 focos, sendo o estado mais afetado, seguido por Roraima e Pará
  • Os incêndios nos biomas brasileiros revelam a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes para preservação ambiental

O Brasil enfrentou uma escalada nos focos de incêndio em janeiro de 2025, com 3.137 registros de queimadas em todo o país. Os dados são do sistema BDQueimadas, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O número reflete uma grave preocupação ambiental, principalmente pela alta concentração de focos na Amazônia e no Cerrado, biomas essenciais para o equilíbrio ecológico global.

Amazônia com a maior parte dos focos de incêndio

A região Amazônica, que é fundamental para o equilíbrio climático do planeta, registrou 1.219 focos de incêndio em janeiro. Assim, o que representa 38,9% do total de queimadas no país.

Essa área da floresta, já sensível a ações humanas como desmatamento ilegal, enfrenta cada vez mais ameaças de incêndios que, além de devastar a vegetação nativa, comprometem a biodiversidade e as populações locais.

O aumento das queimadas na Amazônia é um reflexo de uma combinação de fatores, incluindo a estiagem prolongada. E, assim, também as práticas ilegais de desmatamento e a falta de políticas públicas eficazes para a proteção da floresta. Com isso, a região continua a ser um dos pontos mais críticos no combate ao fogo no Brasil.

Maranhão lidera queimadas no Brasil

Entre os estados brasileiros, o Maranhão se destacou como o maior focador de incêndios, com 434 focos registrados em janeiro de 2025.

Este número representa uma grande parte dos incêndios no país e reflete a realidade do estado. Que, portanto, sofre com o avanço de queimadas tanto na vegetação nativa quanto nas áreas de cultivo.

O aumento das queimadas no Maranhão é motivo de preocupação, principalmente devido ao impacto ambiental e à saúde pública. No entanto, já que a fumaça prejudica a qualidade do ar.

Roraima e Pará vêm logo em seguida, com 384 e 356 focos de incêndio, respectivamente. O aumento das queimadas nessas regiões está relacionado a fatores como o desmatamento ilegal, o uso do fogo para limpeza de áreas agrícolas e pastagens, e a combinação com as condições climáticas desfavoráveis.

Cerrado: Segundo bioma mais afetado

O Cerrado, que é o segundo maior bioma do Brasil, também sofreu com a intensificação dos incêndios em janeiro. Com 726 focos registrados, o Cerrado representa 23,1% do total de queimadas no país.

Este bioma, essencial para a formação de nascentes de rios e o equilíbrio hídrico no Brasil, é constantemente ameaçado pelas queimadas, que prejudicam a vegetação, a fauna local e agravam o processo de desertificação.

O Cerrado, como a Amazônia, enfrenta o uso indiscriminado do fogo para limpeza de terras para agricultura e pecuária, além de sofrer com os efeitos das mudanças climáticas, que tornam o ambiente mais suscetível à propagação de incêndios.

O impacto dessa destruição também se reflete em outras áreas do país, já que o bioma é responsável pela manutenção de diversos recursos hídricos que abastecem várias regiões.

Outros biomas brasileiros

Embora a Amazônia e o Cerrado concentrem a maior parte dos focos de incêndio, outros biomas brasileiros também foram afetados. O Pantanal, a Caatinga, a Mata Atlântica e os Pampas registraram focos de incêndio em janeiro de 2025, com o número de queimadas variando de acordo com as condições climáticas e os fatores locais. No entanto, os dados mostram que, mesmo com a atuação das autoridades, os incêndios se espalham por todo o território nacional.

Desafios para combater as queimadas

Os números de focos de incêndio no Brasil em janeiro de 2025 evidenciam a dificuldade em controlar as queimadas no país, que continuam a ameaçar os biomas, a biodiversidade e as populações locais.

Embora a atuação de órgãos de fiscalização e combate ao fogo tenha aumentado, as ações ainda são insuficientes para enfrentar a gravidade da situação.

É necessário um esforço conjunto entre o governo federal, estaduais e municipais, além da conscientização da população e da implementação de políticas públicas eficazes para combater as queimadas e preservar os biomas brasileiros.

O fortalecimento da fiscalização, o incentivo ao uso sustentável da terra e o investimento em tecnologias de combate ao fogo são essenciais para garantir a preservação ambiental e a saúde das futuras gerações.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
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