O governo federal prevê que 2027 será um dos anos mais desafiadores para a gestão das contas públicas. A projeção consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado ao Congresso Nacional, e acende o alerta sobre o risco de colapso no espaço fiscal.
A partir de 2027, o governo não poderá mais excluir o pagamento de precatórios e sentenças judiciais do resultado primário. Isso deve pressionar ainda mais o orçamento. Só as despesas discricionárias — que incluem emendas parlamentares e os pisos constitucionais de Saúde e Educação — estão estimadas em R$ 122 bilhões. Um valor que, diante do crescimento dos gastos obrigatórios, poderá ser insuficiente até para cobrir o básico.
O cenário evidencia o esgotamento do novo arcabouço fiscal. Criado para substituir o antigo teto de gastos, o modelo se mostrou frágil diante da expansão de despesas como Previdência, funcionalismo e programas sociais, que crescem acima do limite de 2,5% ao ano estabelecido pela nova regra.
Para analisar os impactos dessa projeção orçamentária, os riscos para o equilíbrio fiscal, o efeito sobre juros, inflação e o crescimento do país, sugerimos como fonte o economista Lucas Sharau, assessor da iHUB Investimentos, assessoria credenciada pela XP.