Em 2024, a China registrou um aumento nas importações de petróleo bruto da Rússia, que atingiram um recorde de 108,5 milhões de toneladas métricas, ou 2,17 milhões de barris por dia (bpd), uma elevação de 1% em relação ao ano anterior. Esses volumes são impulsionados pela demanda crescente dos refinadores independentes e estatais, além da estratégia do governo chinês de estocar petróleo a preços competitivos.
A Administração Geral de Alfândegas da China informou que as importações russas, tanto por oleodutos quanto por transporte marítimo, foram principalmente direcionadas para atender à necessidade de refinarias que buscam suprimentos com desconto, em um cenário de margens de lucro reduzidas.
“A Rússia se consolidou como um fornecedor estratégico para a China, especialmente em um momento em que o mercado internacional de petróleo apresenta volatilidade de preços”.
afirmou um analista da Reuters.
Por outro lado, as compras de petróleo da Arábia Saudita, principal fornecedor da China até 2023, caíram 9%, totalizando 78,64 milhões de toneladas em 2024, uma média de 1,57 milhão de bpd. A maior parte dessa queda ocorreu devido ao aumento das aquisições de petróleo mais barato da Rússia e do Irã, além de um aumento nos preços das exportações sauditas. No entanto, a Arábia Saudita viu uma recuperação no quarto trimestre, com a redução dos preços e uma menor oferta do Irã.
As importações totais de petróleo pela China caíram 1,9% em 2024, marcando a primeira queda anual desde a pandemia. Entre os outros fornecedores, as importações da Malásia cresceram 28%, enquanto as dos Estados Unidos recuaram 36%.
Tabela das Importações de Petróleo Bruto pela China em 2024 (milhões de toneladas métricas)
País | Dez/2024 (toneladas) | Total 2024 (toneladas) | Mudança Anual (%) |
Rússia | 9,406 | 108,50 | +1% |
Arábia Saudita | 6,373 | 78,64 | -9% |
Malásia | 6,813 | 70,38 | +28% |
Brasil | 2,577 | 44,07 | +17% |
Estados Unidos | 910 | 9,10 | -36% |