Briga Comercial

China suspende exportação de soja de cinco empresas brasileiras

A China suspendeu os embarques de soja de cinco empresas brasileiras devido a problemas fitossanitários, afetando a competitividade do Brasil no mercado global

China suspende exportação de soja de cinco empresas brasileiras

A China, maior compradora de soja do mundo, suspendeu as remessas de soja brasileira de cinco empresas devido a não conformidades fitossanitárias. A medida foi confirmada pelo Ministério da Agricultura, que revelou a interrupção dos embarques desde janeiro deste ano, após a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) detectar a presença de pesticidas e pragas em cargas de soja. A suspensão afeta empresas de peso, como Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil, C.Vale Cooperativa Agroindustrial, Cargill e ADM do Brasil.

Segundo a agência de notícias Reuters, a suspensão das operações foi feita de forma gradual: desde o dia 8 de janeiro para as primeiras três empresas e a partir de 14 de janeiro para as duas últimas. Embora o Brasil tenha garantido que as exportações totais de soja não serão afetadas, a falta de detalhes sobre os volumes comprometidos gerou incerteza entre os traders.

A China, que consome mais de 60% da soja exportada globalmente, importou um recorde de 105 milhões de toneladas da oleaginosa em 2024, sendo o Brasil o principal fornecedor. De acordo com o Ministério da Agricultura, a suspensão é temporária, e a China expressou confiança no sistema de inspeção brasileiro.

Contudo, o impacto da suspensão não é apenas uma questão de conformidade sanitária, mas também de competitividade. O Brasil, que vem ganhando participação de mercado em relação aos Estados Unidos, vê suas exportações de soja ameaçadas, especialmente com as tensões comerciais entre Washington e Pequim.

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