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Cotação do açúcar bruto cai para menor valor em dois anos

cana de acucar
cana de acucar

No lado positivo, o mercado avalia que “o clima seco no Brasil impulsionará a produção no curto prazo.

Nesta quarta-feira (21), foi informado que os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa na terça-feira (20) atingindo o patamar de preços de outubro de 2022.

De acordo com analistas que foram ouvidos pela Reuters, a queda acentuada refletiu uma forte venda por parte dos fundos e uma demanda mais fraca na China, um dos maiores importadores de açúcar do mundo. A queda nas cotações do petróleo bruto também incentivou a baixa de ontem.

O mercado avalia que “o clima seco no Brasil impulsionará a produção no curto prazo, pois acelera a colheita, apesar de representar um risco para os rendimentos no final da safra”.

Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto, tela outubro/24, foi contratado a 17,57 centavos de dólar por libra-peso, 45 pontos a menos que a véspera, ou 2,5% de queda no comparativo entre os dias. Já a tela março/25 caiu, também, 45 pontos, contratada a 17,92 cts/lb. Os demais vencimentos recuaram entre 21 e 41 pontos.

Açúcar e café têm aumento de preço e menos marcas disponíveis nos supermercados

Em junho, o consumidor se deparou com uma variedade menor de marcas de açúcar e café nos supermercados. O preço dos produtos também subiu, na contramão de outros itens da cesta do consumidor, que tiveram estabilidade, e até queda nos preços. É o que mostra o estudo da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo, preparado em conjunto com a Horus, empresa de inteligência de mercado investida pela companhia.

O índice geral de ruptura, que mede a falta de produtos do varejo alimentício, também teve ligeiro recuo em relação ao mês anterior.

Segundo o levantamento, no último mês houve uma redução de 0,7% na média da falta de produtos no Brasil — atingindo o índice de 13,7%. Isso se deve à acomodação natural do varejo, ou seja, seu abastecimento tradicional para não haver falta de alguns produtos nas lojas.

“O varejo segura as compras até o limite, mas quando percebe um baixo estoque, volta a adquirir produtos. A indústria, por outro lado, quando não está conseguindo vender, inicia uma atividade de engajamento para o varejo comprar mais e estocar produtos. Por isso, vemos essa queda da ruptura. Enquanto isso, o cenário econômico é mantido, já que o varejo está repondo os itens que foram vendidos”, comenta Robson Munhoz, diretor de Customer Success da Neogrid.

Além disso, foram analisados quatro produtos alimentícios frequentemente consumidos pelo brasileiro: feijão, arroz, café e açúcar. De acordo com o material, os primeiros itens seguem essa tendência de diminuição de falta desde abril. Já o café e o açúcar, estão no caminho contrário, ou seja, em junho estiveram mais ausentes das gôndolas.

AbrilMaioJunhoFeijão17,7%14,3%13,1%Arroz15,0%13,5%13,3%Café13,6%13,4%13,9%Açúcar13,1%13,8%15,9%

A pesquisa também aferiu o preço desses alimentos e constatou que apenas o feijão teve queda no valor de venda (-3,6% por quilo no mês de junho em relação a maio). No mesmo período, os demais apresentaram alta de 0,3%, 3,5% e 4,2% respectivamente. Os principais tipos de açúcar (refinado e cristal) acumularam alta no semestre, partindo do preço médio em janeiro de (R$ 4,79) chegando em junho a (R$ 5,19) equivalente a um aumento acumulado de 8,35% no semestre. No mês de junho, apresentaram alta mais expressiva de 4,2%.

“Com uma menor ruptura e a diminuição ou estabilidade dos preços, o brasileiro ficou mais tranquilo para comer seu prato tradicional: feijão e arroz. Em contrapartida, o café e o açúcar pesaram um pouco mais no bolso dos consumidores”, finaliza Luiza Zacharias, Diretora de Novos Negócios da Horus.