A CPI das Pirâmides Financeiras amplia sua investigação para incluir a 123milhas, empresa de milhagens que recentemente cancelou viagens de clientes.
A Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) que investiga fraudes no mercado de criptomoedas está expandindo seu escopo para analisar a situação da 123milhas, uma empresa de milhagens aéreas. A decisão surge após a 123milhas cancelar viagens de clientes que adquiriram passagens pela linha “promo”.
Embora a empresa tenha prometido reembolsos com 150% do CDI, muitos clientes expressaram insatisfação, especialmente aqueles que já haviam feito outras reservas relacionadas à viagem. O Deputado Federal Ricardo Silva solicitou a quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa, medida que, se aprovada, pode afetar também os sócios e administradores da 123milhas.
Deputados solicitam quebra de sigilo da 123milhas após cancelamento de viagens
A situação da empresa de milhagens aéreas, 123milhas, tornou-se foco de atenção da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) que investiga fraudes no mercado de criptomoedas. A decisão de incluir a 123milhas nas investigações foi impulsionada pelo recente cancelamento de viagens de clientes que haviam adquirido passagens pela linha “promo”.
A 123milhas anunciou que as passagens aéreas programadas para setembro a dezembro de 2023 não seriam mais emitidas, levando a uma onda de indignação entre os clientes. Muitos deles já haviam feito reservas de hotéis e passeios relacionados à viagem. Em resposta, a empresa prometeu reembolsar os clientes com 150% do CDI. No entanto, a situação gerou uma enxurrada de reclamações no site Reclame Aqui.
Diante desse cenário, o Deputado Federal Ricardo Silva (PSD-SP) solicitou à CPI das Pirâmides Financeiras a quebra dos sigilos bancário e fiscal da 123milhas. A proposta, apresentada na última segunda-feira (21), ainda será analisada pela CPI. Se aprovada, poderá impactar os sócios e administradores da empresa.
O parlamentar expressou preocupação com a saúde financeira da 123milhas, sugerindo que a empresa pode estar enfrentando problemas financeiros que necessitam de investigação minuciosa. A CPI, que originalmente focava em fraudes no mercado de criptomoedas, agora busca garantir uma investigação completa das ações da 123milhas para proteger os direitos dos consumidores e coibir práticas fraudulentas.
Enquanto a investigação avança, os clientes da 123milhas aguardam resoluções, com muitos buscando reembolsos para adquirir passagens em outras plataformas.
CPI das Pirâmides Financeiras ouve o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho nesta terça
A CPI das Pirâmides Financeiras também reúne-se nesta terça-feira (22) para ouvir representantes da empresa 18K. Entre eles, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, que é fundados e sócio-proprietário da empresa.
“A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”, informa o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que pediu a oitiva com o jogador.
Ronaldinho Gaúcho afirma que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Mas Silva lembra que, em 2020, “Ronaldinho se tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores”.
Silve pediu ainda a convocação do irmão do atleta Roberto de Assis Moreira e do sócio da 18K, Marcelo Lara.
Além dos representantes da 18K, a CPI também ouvirá nesta terça o presidente do Santos Futebol Clube, André Rueda.
O clube tem o patrocínio da empresa de cassino e apostas on-line Blaze, que é acusada de fraude. “Ciente de que os responsáveis pelas plataformas de jogos de azar sediadas no exterior se valem de criptoativos como métodos de pagamento dos prêmios e para receber recursos, imperioso questionar aos convocados quem são os representantes da plataforma Blaze no País”, afirma o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ). Ele quer ainda que o Santos entregue o contrato de patrocínio assinado com a Blaze.