A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) formalizou uma acusação contra os sócios da gestora paulistana Forpus Capital, Francisco Giffoni Meirelles de Andrade e Michel Shirozono, por suposta manipulação de preços de ações na Bolsa. O processo investiga eventos ocorridos entre 14 e 23 de março de 2023, que envolveram ações preferenciais (SHUL4) da Schulz, fabricante de compressores com valor de mercado de R$2 bilhões.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Globo, durante o período investigado, as ações da empresa catarinense apresentaram queda superior a 10%, o que chamou a atenção da CVM. No entanto, detalhes sobre as alegações e os elementos que caracterizam a suposta manipulação ainda não foram totalmente esclarecidos, incluindo as ações específicas dos gestores que teriam violado normas regulatórias.
Em nota, a Forpus Capital refutou as acusações, afirmando que nunca havia sido alvo de processos sancionadores da CVM em seus dez anos de operação. A gestora garantiu que todas as suas atividades foram conduzidas dentro dos parâmetros legais, destacando que “temos plena convicção da regularidade das operações citadas”, informou em comunicado oficial.
A Forpus, fundada em 2015 na Faria Lima por ex-sócios da Nest e Claritas, administra aproximadamente R$400 milhões em seus fundos. Apesar de um desempenho expressivo desde sua criação, com retornos superiores a 280% em seu principal fundo de ações, o ano de 2023 foi marcado por uma perda acumulada de 20%, conforme dados da plataforma Mais Retorno.
A CVM continua acompanhando o caso enquanto as partes envolvidas buscam esclarecer os fatos perante as autoridades competentes.