- Em Curitiba, o preço da gasolina chegou a quase R$ 7,00, superando as previsões da Petrobras
- A alta se deve ao aumento do ICMS e ao reajuste do diesel pela Petrobras
- A alta do etanol, biodiesel e os preços internacionais também impactaram o aumento nos combustíveis
Na última quarta-feira (5), motoristas de todo Brasil enfrentaram um novo cenário de alta no preço da gasolina, que já chega a atingir R$ 7,00 em alguns postos. A plataforma Menor Preço, do Governo do Paraná, apontou que o valor mais baixo registrado foi de R$ 5,99, enquanto o maior chegou a R$ 7,00, um aumento considerável em comparação aos preços anteriores.
Esse reajuste supera as previsões feitas pela Petrobras no último sábado (1), gerando preocupação entre os consumidores e autoridades locais.
O aumento no valor da gasolina reflete uma combinação de fatores. A Petrobras, que havia anunciado uma elevação no preço do diesel, também enfrentou ajustes em relação aos combustíveis derivados de petróleo, como a gasolina e o etanol.
O que justifica a estatal?
Em nota oficial, a companhia indicou que a defasagem nos preços internacionais está em torno de 7%, o que justifica, de certa forma, as elevações realizadas. A Petrobras não alterou o valor da gasolina em suas refinarias, mas o impacto do reajuste do preço do diesel.
Ainda, somado ao aumento no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), fez com que o preço final nos postos de combustíveis fosse ainda maior.
No caso do diesel, a Petrobras implementou um aumento de R$ 0,22 por litro, o que representa um acréscimo de 6,2%. Dessa forma, com o objetivo de reduzir a defasagem de 17% em relação aos preços internacionais.
Já para a gasolina e o etanol, a alíquota do ICMS subiu R$ 0,10, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro. Contudo, o que diretamente impactou o preço final ao consumidor.
Alto custo de etanol
Outro fator que contribui para o aumento da gasolina é o alto custo do etanol, que tem sido registrado nas usinas de cana-de-açúcar nos últimos meses. Entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, os preços do etanol subiram mais de R$ 0,30 por litro. Dessa forma, refletindo diretamente no valor da gasolina tipo C, que contém 27% de etanol em sua composição.
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O aumento do biodiesel também tem gerado impacto, já que o combustível teve uma alta de aproximadamente 10% nos últimos seis meses. O teor de biodiesel no diesel foi mantido em 14%, mas o aumento nos custos de produção afetou os preços ao consumidor.
As distribuidoras de combustíveis justificam o repasse de preços elevados aos postos de combustíveis devido aos aumentos nos preços do etanol e do biodiesel, que impactam diretamente o custo de produção da gasolina e do diesel.
Além disso, elas destacam o aumento no preço do combustível nos mercados internacionais e nas refinarias privadas, que são responsáveis pela distribuição de cerca de 25% dos produtos no Brasil. Isso resultou em um aumento generalizado nos preços dos combustíveis, o que já pode ser sentido pelos motoristas.
Impacto nos impostos
A PARANAPETRO, o sindicato que representa o comércio varejista de combustíveis, também aponta que os altos preços nas distribuidoras estão sendo repassados aos postos de forma significativa. Além do impacto do aumento dos impostos e do reajuste no preço do diesel.
A situação tem gerado insatisfação entre os consumidores. Contudo, que se veem obrigados a pagar mais caro pela gasolina e pelo diesel em um cenário de constante alta nos preços dos combustíveis.
Essa alta reflete o complexo cenário econômico que envolve tanto questões internas, como o aumento de impostos e o reajuste da Petrobras, quanto fatores externos, como a alta nos preços do etanol e do biodiesel. Além da elevação dos combustíveis no mercado internacional.
Estados em específico
Os consumidores de Curitiba, e de outras cidades do Paraná, devem continuar a enfrentar um cenário de preços elevados. Enquanto, as distribuidoras e as autoridades discutem possíveis soluções para mitigar o impacto no bolso dos motoristas.
Com a continuação dessa alta nos combustíveis, é importante que os motoristas fiquem atentos às variações de preços. E, dessa forma, utilizem ferramentas como a plataforma para tentar encontrar opções mais acessíveis. Contudo, a perspectiva de novos reajustes deixa claro que, ao menos no curto prazo, os preços tendem a continuar elevados.
