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Dow Jones fecha em alta após comentários do Fed

O Dow Jones atinge seu melhor nível em meses, impulsionado por otimismo do Fed e ganhos da Boeing.

Foto/Reprodução GDI
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O Dow Jones atinge seu melhor nível em meses, impulsionado por otimismo do Fed e ganhos da Boeing.

Na terça-feira, o Dow Jones fechou em alta, registrando seu melhor nível de encerramento em mais de três meses, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq também apresentaram ganhos modestos. O otimismo surgiu em resposta aos comentários do governador do Federal Reserve, Christopher Waller, que indicou que o Fed poderia estar satisfeito com a atual política monetária para desacelerar a economia e trazer a inflação de volta à meta de 2%. No entanto, esses comentários foram contraditórios, já que a governadora Michelle W. Bowman expressou a necessidade de aumentar ainda mais as taxas para conter a inflação. Enquanto isso, os investidores permaneceram cautelosos antes da divulgação de importantes relatórios econômicos nos próximos dias. A Boeing e as ações de ouro tiveram desempenho destacado, impulsionando o mercado.

Comentários divergentes do Fed e expectativas de relatórios econômicos influenciam o mercado de ações dos EUA

O mercado de ações dos Estados Unidos teve um dia de altos e baixos na terça-feira, mas conseguiu encerrar o dia em território positivo, com o Dow Jones atingindo seu melhor nível de fechamento em mais de três meses. O Dow Jones subiu 0,2%, acrescentando 83,51 pontos e fechando em 35.416,98 pontos. O S&P 500 também registrou um ganho modesto de 0,1%, enquanto o Nasdaq teve um aumento de 0,3%.

O otimismo que impulsionou o mercado veio dos comentários feitos pelo governador do Federal Reserve, Christopher Waller. Em um evento do American Enterprise Institute, Waller expressou confiança na política monetária atual, sugerindo que ela está bem-posicionada para desacelerar a economia e trazer a inflação de volta para a meta de 2%. No entanto, seus comentários foram acompanhados por declarações contraditórias da governadora Michelle W. Bowman, que enfatizou a necessidade de aumentar ainda mais as taxas de juros.

Apesar desses comentários divergentes, os investidores permaneceram cautelosos, evitando movimentos significativos no mercado, à espera da divulgação de importantes relatórios econômicos nos próximos dias. Entre esses relatórios, destaca-se o relatório sobre renda pessoal e gastos do Departamento de Comércio, que inclui informações cruciais sobre a inflação, um fator determinante para as decisões de política monetária do Fed.

Além disso, algumas ações individuais tiveram desempenho notável, com a Boeing subindo 1,4%, impulsionando o Dow Jones. A empresa recebeu um impulso adicional quando a RBC Capital Markets elevou sua classificação das ações da Boeing de “Sector Perform” para “Outperform”. As ações de empresas de mineração de ouro também tiveram um dia positivo, refletindo o aumento do preço do ouro.

Por outro lado, as ações de corretagem enfrentaram pressão de venda, arrastando o Índice NYSE Arca Broker/Dealer para baixo. No geral, o mercado de ações dos EUA enfrentou uma mistura de fatores influentes, com investidores atentos às próximas divulgações de dados econômicos e às incertezas em relação à política monetária do Fed.

Mercados reagem à surpreendente sinalização do Fed sobre cortes de juros em 2024

Nesta terça-feira, o mercado financeiro foi surpreendido com uma forte queda no valor do dólar em relação ao real e outras moedas importantes. O gatilho para essa queda expressiva foi uma série de declarações feitas por Christopher Waller, diretor do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Pela primeira vez, um membro do Fed cogitou publicamente a possibilidade de cortes nas taxas de juros no próximo ano, um movimento que impactou significativamente os mercados.

Waller expressou confiança na política monetária do Fed, afirmando que ela está bem-posicionada para desacelerar a economia e trazer a inflação de volta à meta de 2%. Ele observou que se a tendência de queda da inflação persistir nos próximos meses, o Fed poderia considerar a redução das taxas de juros como uma medida para estimular a economia.

Essas declarações tiveram um efeito imediato nos mercados, levando os investidores a ajustarem suas projeções para a política monetária nos Estados Unidos. Como resultado, as expectativas de um ciclo de cortes nas taxas de juros em 2024 se fortaleceram, afetando não apenas o dólar, mas também os juros dos Treasuries de curto prazo, que registraram uma forte correção para baixo.

No cenário doméstico, o dólar teve uma reação pouco influenciada pelos dados de inflação divulgados. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) apresentou uma inflação ligeiramente acima do esperado em novembro. No entanto, a entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira contribuiu para manter a moeda americana em baixa.

O dólar à vista fechou o dia com uma queda de 0,57%, sendo cotado a R$ 4,8719, após oscilar entre R$ 4,8590 e R$ 4,9094. Além disso, o dólar futuro para dezembro também registrou uma queda de 0,47%, cotado a R$ 4,8725. No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas, recuou 0,45%, enquanto o euro subiu 0,31% e a libra ganhou 0,50% em relação ao dólar.

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