- Trump promete eliminar as políticas de diversidade, igualdade e inclusão, adotando um sistema de contratação baseado apenas no mérito
- O presidente eleito promete liberar documentos secretos sobre os assassinatos de JFK, Robert Kennedy e Martin Luther King Jr
- Trump indica Elon Musk para liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental, destacando sua importância para inovações tecnológicas
Em um comício realizado neste domingo (19), véspera de sua posse, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, fez uma série de promessas e declarações contundentes. Ainda, incluindo o fim das políticas de diversidade, igualdade e inclusão nas contratações federais.
Trump afirmou que a escolha de servidores públicos será baseada no “sistema de mérito” e não em iniciativas relacionadas à diversidade. Contudo, algo que se tornou “uma característica das administrações” anteriores, especialmente durante o governo de Barack Obama.
O presidente eleito aproveitou o evento no ginásio Capital One, em Washington, para detalhar as diretrizes de seu governo. Dessa forma, ressaltando que o foco das contratações será exclusivamente a competência e o desempenho dos candidatos. Assim, sem levar em consideração raça, gênero ou outras características pessoais.
Essa proposta, que “visa reverter as políticas de inclusão implementadas” em governos passados, foi recebida com apoio por parte de seus apoiadores. Contudo, que veem essas mudanças como um retorno ao que Trump considera como “princípios tradicionais” na administração pública.
Abertura de arquivos secretos e reverência a Musk
Além das mudanças nas políticas de contratação, Trump também prometeu reverter o que chamou de “sigilo excessivo” sobre documentos do governo. Especialmente, no que se refere a assassinatos históricos que ainda geram grandes especulações.
Ele declarou que abrirá, portanto, os arquivos relativos aos assassinatos do ex-presidente John F. Kennedy, do senador Robert Kennedy (seu irmão) e do ativista dos direitos civis Martin Luther King Jr. Alegando, assim, que esses documentos precisam ser disponibilizados ao público para esclarecimento de eventos que marcaram a história americana.
A abertura desses documentos, que têm sido alvo de investigações e teorias da conspiração ao longo das décadas, deve gerar grande repercussão. Uma vez que, muitos deles permanecem classificados ou inacessíveis ao público.
Trump destacou que esse é um passo importante para a transparência do governo, e que os cidadãos merecem respostas sobre esses casos que ainda dividem a opinião pública.
Elon Musk
Outro ponto de destaque durante o comício foi a presença do bilionário Elon Musk, o qual Trump indicou para liderar o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental.
Musk, fundador de empresas como a SpaceX e Tesla, subiu ao palco com um de seus filhos, sendo amplamente elogiado por Trump. O presidente eleito fez referência ao lançamento recente de um foguete Starship, da SpaceX. E destacou, no entanto, o sucesso da aterrissagem do estágio inicial do foguete, embora a nave não tripulada tenha explodido após cerca de oito minutos de voo.
Trump demonstrou entusiasmo pelo projeto, afirmando que “essa vitória é só o começo”. E, ainda, frisou a importância de proteger os “gênios” como Musk, a fim de promover inovações tecnológicas e avanços no governo.
A indicação de Musk para um cargo importante no governo e a promessa de reverter políticas de inclusão nas contratações são apenas alguns dos muitos compromissos que Trump fez para o início de seu segundo mandato.
Expectativas para o novo governo
O foco em meritocracia nas contratações públicas e a abertura de documentos secretos demonstram uma abordagem “mais conservadora e transparente”. No entanto, algo que já havia sido destacado em sua campanha eleitoral.
Além disso, as mudanças na estrutura do governo americano devem ter implicações significativas nas políticas públicas e nas ações das agências federais. O que pode, portanto, resultar em uma grande reestruturação do funcionalismo público e da abordagem de transparência no país.
A expectativa é que essas ações polarizem ainda mais o debate político nos Estados Unidos, com apoio entre os conservadores e resistência por parte dos defensores das políticas de inclusão e diversidade.
Enquanto a administração de Trump se prepara para assumir, o cenário político e social dos EUA segue dividido, com grandes expectativas em relação aos próximos passos do governo em temas como políticas econômicas, sociais e externas.