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Emprego cresce na construção civil, mas setor luta para preencher as vagas

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

A construção civil criou 39.453 novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil somente no mês de fevereiro deste ano. Ao todo, no primeiro bimestre de 2022, o segmento gerou 75.615 novos empregos de acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apesar desses números demonstrarem reflexos positivos para o setor, a baixa oferta de mão de obra pode estagnar o bom momento. Essa é a análise de Bruno Fabbriani, CEO da Incorporadora BFabbriani.

O CEO destaca que o segmento está contribuindo significativamente para a expansão do emprego e da economia geral, mas está enfrentando desafios crescentes em termos de preencher vagas de emprego.

“E não estou falando apenas das ofertas para o canteiro de obra. Faltam pessoas capacitadas em diferentes áreas do setor, inclusive nos escritórios. É preciso ampliar as oportunidades de treinamento e educação para carreiras nessa área se quisermos diminuir a crescente escassez de trabalhadores qualificados na construção”

explica.

Para Fabbriani a categoria está em uma encruzilhada. Por um lado, a demanda por profissionais nunca foi tão grande. Por outro lado, desafios como produtividade, desempenho, digitalização, diminuição da força de trabalho e sustentabilidade, por exemplo, podem inviabilizar o crescimento da indústria.

“Embora a construção já esteja entre os maiores setores industriais do mundo, tais desafios estão começando a pressionar intensamente as empresas. Por isso é preciso tomar medidas proativas para minimizar o impacto para o setor e garantir mão de obra qualificada”

comenta.

Segundo o CEO da incorporadora, as bases de treinamento de carreira podem desempenhar um papel proeminente no preenchimento da lacuna no mercado de trabalho.

“Investir em centros de treinamento gera um custo a mais para as construtoras, mas possibilita qualificar os candidatos, desempenhando um papel essencial para ajudar as empresas a enfrentar a iminente escassez de mão de obra no setor de construção e garantir que o segmento continue a crescer ainda mais”

finaliza.

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