O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira, 24, que começará uma revisão detalhada do acordo comercial e econômico firmado com a China em 2020. A revisão visa avaliar se o governo chinês tem cumprido os termos estabelecidos no pacto, especialmente aqueles relativos às metas de importação de produtos americanos.
O acordo, que foi assinado no início de 2020, pouco antes da pandemia de covid-19, tinha como um dos principais objetivos o aumento das compras de produtos dos Estados Unidos pela China. No entanto, a crise sanitária global gerou desafios inesperados, impactando diretamente o comércio internacional.
De acordo com o USTR, a análise também incluirá uma avaliação de práticas comerciais que possam ser consideradas prejudiciais ou injustas para os EUA. A nota do escritório destaca que serão revisadas aquelas práticas “irrazoáveis e discriminatórias” que dificultem o acesso dos produtos americanos ao mercado chinês.
Essa iniciativa faz parte de um pacote mais amplo de medidas adotadas pelo governo do presidente Joe Biden. Desde os primeiros dias de seu mandato, o republicano tem se comprometido a implementar uma reforma substancial no sistema comercial, incluindo a possibilidade de novas tarifas sobre importações chinesas.
O impacto dessa revisão será monitorado de perto pelos mercados financeiros e analistas, dado o peso que as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo têm sobre a economia global.
Indicadores econômicos mostram que, após a assinatura do acordo, as exportações dos EUA para a China aumentaram 20% em 2020, mas a pandemia interrompeu a continuidade de muitas das metas. O USTR espera concluir a revisão nos próximos meses.