Petro, criptomoeda venezuelana sancionada, pode ser extinta após escândalo de corrupção e queda de valor.
Após cinco anos de existência conturbada, a criptomoeda venezuelana Petro (PTR) está próxima de ser extinta. A Superintendência de Criptoativos (Sunacrip) estaria planejando um processo gradual para encerrar a moeda, após a descoberta de um esquema de corrupção envolvendo a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). Além disso, a Petro enfrentou um apagão na sua blockchain no final de maio, gerando instabilidade para os usuários e membros da comunidade de criptoativos na Venezuela.
A queda no valor da moeda já era evidente, chegando a 45%, segundo especialistas. Os planos de extinção estão relacionados à quitação da dívida do governo venezuelano com os credores do Petro, incluindo grandes cadeias de lojas que aceitavam a criptomoeda como forma de pagamento.
Escândalo de corrupção e queda de valor levam ao possível fim da criptomoeda Petro na Venezuela
Cinco anos após um nascimento descrito como insubstancial, o Petro (PTR), a criptomoeda venezuelana sancionada pelos Estados Unidos, pode estar perto de deixar de existir. De acordo com três pessoas familiarizadas com a medida a ser executada pela Superintendência de Criptoativos (Sunacrip), este pode ser um processo gradual e orgânico.
A decisão teria sido tomada em meio a uma intervenção na instituição que se instalou para investigar a moeda digital atrelada ao preço do petróleo e de alguns minerais no país.
Recentemente vinculada a um esquema de corrupção com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), a blockchain da Petro sofreu um apagão no final de maio, alertando usuários e membros ativos da comunidade de criptoativos na Venezuela que denunciaram instabilidade em suas operações.
A criptomoeda já registrava uma queda de valor de até 45%, segundo fontes especializadas no PetroApp, plataforma destinada a transações e serviços criptofinanceiros que permitem investimento e armazenamento. No entanto, a calculadora disponível publicamente no portal do governo mantinha o mesmo valor de US$ 60 por Petro.
Os planos estariam focados na quitação da dívida que o governo venezuelano mantém com os credores do Petro, incluindo grandes cadeias de lojas de departamento na Venezuela. Isso porque, após uma aliança, as redes incluíram a criptomoeda como forma de pagamento em seus negócios.
O desaparecimento do Petro significaria desmontar algo que fazia parte da proposta econômica de 2018, depois da segunda reconversão monetária.
Com essa ideia histórica de uma moeda lastreada no petróleo, significaria desmontar todo aquele discurso que acabou derivando em algo que o governo não conseguiu controlar porque estava ligado à mesma gestão pública ineficiente, comentou Aaron Olmos, economista especialista em criptomoedas e finanças corporativas.