Elogio Internacional

FMI elogia Milei e projeta crescimento robusto para Argentina em 2025

Argentina registra superávit comercial histórico e previsão de crescimento econômico de 5% em 2025, apesar de desafios sociais

FMI elogia Milei e projeta crescimento robusto para Argentina em 2025

A Argentina deve vivenciar uma recuperação econômica robusta nos próximos anos, segundo previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Após uma contração de 2,8% do PIB em 2024, o país espera um crescimento de 5% em 2025 e 2026, impulsionado pelas políticas implementadas pelo presidente Javier Milei.

“Estamos observando uma virada significativa na economia argentina em 2025 em relação a 2024”.

afirmou Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI.

Melhora no índice de risco e no Peso argentino

O índice de risco-país da Argentina, calculado pelo JP Morgan, caiu para seu menor nível desde 2018, refletindo uma melhora na percepção dos investidores sobre a dívida argentina. A consultoria GMA Capital destacou ainda o peso argentino como a “melhor moeda do mundo” ao ser ajustado pela inflação anual. O salário médio no país, que dobrou no primeiro ano de Milei, saltando para 990 dólares, e a redução da diferença entre as taxas oficiais e o dólar paralelo de 200% para cerca de 20%, reforçam a confiança dos investidores.

Superávit comercial e exportações em alta

Em janeiro de 2025, o Instituto Nacional de Estatística (Indec) anunciou que a Argentina obteve um superávit comercial de US$18,9 bilhões em 2024, o maior desde 2009. O país registrou exportações de US$79,7 bilhões, com destaque para os produtos primários e agrícolas, que cresceram 27% e 24%, respectivamente. O superávit supera o recorde de US$16,9 bilhões alcançado em 2009 e é uma reversão expressiva em relação ao déficit de US$6,9 bilhões de 2023.

Desafios sociais persistem

Apesar dos avanços econômicos, o governo de Milei enfrenta desafios sociais. A inflação, que caiu de 211% para 117%, e o superávit fiscal em 2024, contrastam com o aumento do desemprego e a pobreza, que superou os 50% no primeiro semestre, embora com sinais de desaceleração nos últimos meses.

O Brasil segue como principal parceiro comercial da Argentina, absorvendo 17,1% das exportações do país, seguido pelos Estados Unidos e Chile.

A desvalorização cambial e a contração econômica desempenharam papel crucial no superávit, acumulando dólares no Banco Central, principalmente entre dezembro de 2023 e maio de 2024. A tendência positiva, no entanto, também traz impactos sociais e desafios para o futuro próximo. 

No primeiro semestre do ano passado, o índice de pobreza na Argentina foi de 52,9%, o que representa o maior número desde 2003. Esse valor representa um aumento de 11,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023, quando o índice era de 41,7% conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).

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