O número de fusões e aquisições realizadas no agronegócio aumentou 125% nos nove meses deste ano em comparação com o mesmo intervalo de 2023, considerando os segmentos de açúcar & etanol e fertilizantes. De janeiro a setembro, foram efetuadas 9 operações contra 4, respectivamente. Os dados constam em estudo realizado trimestralmente pela KPMG com a participação de 43 áreas da economia brasileira.
Dentro do segmento de fertilizantes tiveram 7 operações nos três trimestres deste ano, um aumento de 75% em relação ao mesmo período de 2023. Já açúcar & álcool registraram 2 transações contra nenhuma no mesmo intervalo.
Com relação ao tipo de operação realizada no setor, das 9 concretizadas de janeiro a setembro de 2024, cinco são domésticas, ou seja, realizada entre empresas brasileiras; duas envolveram estrangeiros adquirindo capital de companhia estabelecida no país (tipo CB1); uma foi feita por brasileiro comprando de estrangeiros outra estabelecida no Brasil (CB3); e uma concretiza por estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil (CB4).
“O levantamento vai de encontro as expectativas de aquecimento da atividade de fusões e aquisições no agronegócio no Brasil, particularmente em segmentos intensivos em capital e com perspectivas promissoras de crescimento. Além disso, o resultado indicou também o interesse dos investidores estrangeiros pelo agronegócio brasileiro”, analisa a sócia-líder de agronegócio da KPMG, Giovana Araújo.
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F&A no Brasil: cenário estável nos três trimestres
A pesquisa da KPMG apontou que foram realizadas 1.196 operações de fusões e aquisições nos nove meses deste ano, um aumento de 5% se compararmos com o mesmo intervalo de 2023 quando foram finalizadas 1.142 transações. Os setores que mais se destacaram foram tecnologia da informação com 355, empresas de internet com 199 e instituições financeiras com 68 negócios concretizados.
“O mercado de fusões e aquisições apresentou um crescimento no número de transações em relação aos nove meses anteriores. Companhias de tecnologia da informação continuaram como o principal setor em número de operações, fortemente impulsionado por fundos de capital de risco e private equity, que corresponderam a mais de 65% das transações do setor”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
Legenda:
CB1: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.
CB2: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior.
CB3: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.
CB4: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.
CB5: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no exterior.