- Saldo positivo de 137.303 empregos formais em janeiro
- Indústria foi o setor que mais gerou empregos (70.428 novos postos)
- Salário médio de admissão subiu para R$ 2.251,33 (+4,12% em relação a dezembro)
O Brasil gerou 137.303 empregos com carteira assinada em janeiro, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (26). O resultado foi alcançado por meio de 2.271.611 admissões e 2.134.308 desligamentos.
Embora o saldo positivo represente uma queda de 20,7% em relação às 180.395 vagas criadas no mesmo período de 2024, o número superou significativamente as projeções do mercado.
Economistas consultados pela Reuters previam um saldo de apenas 48 mil novos postos, enquanto o Ministério do Trabalho estimava algo em torno de 100 mil. Historicamente, janeiro tende a registrar crescimento no número de empregos formais.
Indústria lidera geração de empregos
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou o desempenho da indústria como o principal motor da geração de empregos em janeiro, com a criação de 70.428 postos formais. Além da indústria, outros três setores também registraram crescimento:
- Serviços: 45.165 novas vagas;
- Construção civil: 38.373 postos criados;
- Agropecuária: 35.754 novos empregos.
O único setor que apresentou saldo negativo foi o comércio, que encerrou 52.417 postos de trabalho no mês.
Salário médio de admissão cresce
Outro ponto positivo nos dados do Caged foi o aumento do salário médio de admissão. O valor chegou a R$ 2.251,33, representando um crescimento de R$ 89,01 (+4,12%) em relação a dezembro de 2024. No entanto, quando a média era de R$ 2.162,32. Na comparação com janeiro de 2024, o crescimento real foi de R$ 40,75 (+1,84%), já considerando o ajuste sazonal.
Destaque regional: Sul lidera contratações
Os dados do Caged apontam que 17 estados registraram saldo positivo de empregos formais em janeiro. São Paulo liderou a criação de vagas, com 36.125 novos postos (+0,25%), seguido pelo Rio Grande do Sul, que registrou 26.732 empregos formais (+0,94%).
O ministro Luiz Marinho destacou que o resultado no Rio Grande do Sul reflete a recuperação econômica do estado após as enchentes de 2024.
Já os menores saldos foram, portanto, observados nos estados do:
- Pará: -2.203 vagas;
- Pernambuco: -5.230 postos;
- Rio de Janeiro: -12.960 empregos.
Entre as regiões do país, o Sul se destacou como a maior geradora de empregos em janeiro, com 66.712 novos postos de trabalho.
O Centro-Oeste registrou saldo positivo de 44.363 vagas, seguido pelo Sudeste (27.756) e Norte (1.932). O Nordeste, dessa forma, foi a única região com saldo negativo, perdendo 2.671 empregos no mês.
Os números reforçam um cenário de resiliência do mercado de trabalho, mesmo diante da desaceleração em relação ao ano anterior. A expectativa do governo, portanto, é que a tendência de crescimento continue ao longo de 2025.