- A Gol respondeu à CVM, afirmando que não tem conhecimento de negociações não divulgadas sobre uma possível fusão com a Azul
- A Gol segue avaliando propostas de financiamento para sair do processo de Chapter 11, com foco em alternativas viáveis de capital próprio e de dívida
- Fontes indicam que Gol e Azul estariam estruturando um MOU para iniciar discussões sobre fusão, mas a Gol desmente qualquer envolvimento
A Gol Linhas Aéreas (GOLL4) se posicionou oficialmente em relação a uma matéria publicada no jornal Valor Econômico, que afirmou que a Azul (AZUL4) e a Abra, controladora da Gol, estariam discutindo uma possível fusão entre as duas maiores companhias aéreas brasileiras.
Em resposta a um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Gol afirmou que não possui conhecimento de nenhum fato relevante ainda não divulgado ao mercado sobre tais negociações.
De acordo com fontes consultadas pelo Valor, a Azul e a Abra estariam na fase final de estruturação de um memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês), que seria assinado nas próximas semanas.
Esse acordo inicial, no entanto, serviria como base para as negociações sobre uma possível fusão entre as duas empresas. Assim, um movimento que poderia transformar o setor de aviação brasileiro, reunindo as duas gigantes do transporte aéreo nacional.
Negou a fusão
Entretanto, a Gol desmentiu qualquer movimentação relacionada a esse possível acordo e reiterou que, até o momento, não há informações novas que precisem ser compartilhadas com o mercado.
A empresa também deixou claro que não está envolvida em discussões sobre fusões ou aquisições com a Azul.
“Não temos conhecimento de qualquer fato novo ou negociação que não tenha sido divulgada ao mercado”, afirmou a Gol em seu comunicado à CVM.
Recuperação Judicial
A companhia, que atualmente atravessa um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, esclareceu ainda que continua trabalhando com seus assessores para avaliar diversas propostas de financiamento. Que permitirão, assim, a sua saída do processo de Chapter 11, a recuperação judicial americana.
A Gol, contudo, destacou que está considerando outras alternativas viáveis e competitivas, incluindo oportunidades oferecidas por fontes de capital próprio e de dívida.
A empresa segue comprometida com a reestruturação financeira. Além da busca por soluções que fortaleçam sua posição no mercado.
Estratégias
Além disso, a Gol enfatizou que as negociações sobre uma possível fusão ou parcerias estratégicas fazem parte de um ambiente dinâmico. Mas, que no momento, sua prioridade está em resolver o processo de recuperação judicial.
E, assim, em buscar soluções financeiras sustentáveis para os desafios enfrentados pela companhia.
Esse esclarecimento da Gol ocorre em um momento delicado para o setor aéreo brasileiro, que enfrenta altos custos operacionais e desafios financeiros. No entanto, exacerbados pela pandemia de COVID-19 e pela volatilidade do mercado.
A possibilidade de fusões entre as principais companhias aéreas, como a Gol e a Azul, tem sido discutida há algum tempo como uma forma de otimizar custos e melhorar a competitividade no mercado doméstico e internacional.
O mercado de aviação no Brasil tem se mostrado cada vez mais consolidado, com as maiores companhias buscando formas de otimizar suas operações. Além de reduzir custos e explorar novas oportunidades de crescimento.
Nesse cenário, a Gol, que já figura entre as líderes do setor, tem se mostrado aberta a explorar parcerias e fusões como parte de sua estratégia de recuperação financeira.
Porém, por enquanto, a companhia afirma que não há negociações concretas com a Azul e que continuará avaliando as melhores alternativas para o seu processo de recuperação.
Em resumo, a Gol reafirmou seu compromisso com a reestruturação financeira e negou qualquer negociação secreta com a Azul sobre fusões.
A companhia continua focada em sua recuperação judicial e na busca por soluções financeiras que garantam sua estabilidade e crescimento no futuro.