- Goldman Sachs destaca a Prio (PRIO3) por seu valuation atrativo e o projeto Wahoo, com preço-alvo de R$ 61,90 e valorização de 55%.
- Petrobras (PETR3; PETR4) apresenta bons dividendos, mas com potencial de valorização limitado, preço-alvo de US$ 16,40
- Prio e Petrobras são menos sensíveis a variações no preço do Brent, que o Goldman Sachs projeta entre US$ 70 e US$ 85/barril em 2024
- O projeto Wahoo da Prio apresenta riscos, mas o banco ainda vê retornos atrativos, mesmo com possíveis atrasos
Em uma análise divulgada nesta sexta-feira (13), o Goldman Sachs expressou preferência pelas ações da Prio (PRIO3), destacando seu valuation atrativo e forte potencial de crescimento. Dessa forma, impulsionado principalmente pelo projeto Wahoo.
Enquanto as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) continuam sendo vistas como sólidas, a análise aponta limitações para a reavaliação de valor no médio prazo. Ainda, o que impacta seu potencial de valorização.
Potencial de valorização
O preço-alvo para a Prio foi fixado em R$ 61,90, sugerindo um potencial de valorização de cerca de 55%.
Já as ADRs da Petrobras (PBR) receberam um preço-alvo de US$ 16,40, com um upside mais modesto de 14%. A análise do banco destaca as vantagens da Prio em termos de crescimento e rentabilidade, especialmente devido ao potencial do campo Wahoo. Enquanto as ações da Petrobras são mais atraentes para investidores em busca de dividendos, mas com menor espaço para ganhos de capital no futuro próximo.
Prio: Valuation atraente
A Prio se destaca entre as empresas analisadas, principalmente por sua recente aquisição de 40% do campo Peregrino e pelo avanço do projeto Wahoo.
O banco estima que a Prio terá um Free Cash Flow yield (FCFy) de 24% em 2024, um número robusto. Contudo, que inclui o impacto positivo dessa aquisição.
O projeto Wahoo, que está previsto para iniciar sua produção em 2025, deverá contribuir com 10 mil barris por dia. Ainda, o que deve ajudar a empresa a manter um crescimento consistente no longo prazo.
A avaliação de forte potencial de crescimento é um dos principais fatores que fazem as ações da Prio se destacarem, com o banco prevendo um preço-alvo de R$ 61,90 para a ação, o que representa uma valorização de cerca de 55%.
Petrobras: Dividendos sólidos
Embora o Goldman Sachs continue a recomendar as ações da Petrobras como uma boa opção de investimento, o banco observa limitações no potencial de valorização das ações da estatal no médio prazo.
O preço-alvo para as ADRs da Petrobras (PBR) é de US$ 16,40, refletindo um upside mais modesto de 14%. Em 2024, a Petrobras deve registrar um FCFy de 13%, além de um dividend yield de 13% (sendo 11% ordinários e 2% extraordinários).
No entanto, o Goldman Sachs alerta para os riscos à reavaliação das ações, devido à alta capacidade ociosa no mercado de petróleo, o que pode limitar o espaço para maiores aumentos nos preços das ações.
Impacto do preço do Brent
A análise também aborda o impacto do preço do petróleo (Brent) nas duas empresas. O Goldman Sachs prevê que, para cada aumento de US$ 5 por barril no preço do Brent em 2025, o FCFy das empresas analisadas aumentaria entre 3 e 6 pontos percentuais.
No entanto, tanto a Prio quanto a Petrobras são menos sensíveis à variação do preço do petróleo em comparação com outras empresas do setor, o que lhes confere uma certa estabilidade frente a flutuações de curto prazo.
O time de commodities do banco espera que o preço do Brent oscile entre US$ 70 e US$ 85 por barril em 2024, com uma média de US$ 76 por barril.
No curto prazo, sanções podem pressionar os preços para cima, mas no médio prazo, a alta capacidade ociosa e tarifas elevadas podem reduzir os preços do petróleo.
Perspectivas para o Projeto Wahoo
O projeto Wahoo da Prio é um dos principais motores de crescimento da empresa nos próximos anos, mas também envolve riscos. Caso haja um atraso no projeto para 2026, o FCFy da Prio pode cair para 22% em 2024, o que impactaria negativamente o valor da empresa.
No entanto, o Goldman Sachs acredita que, mesmo em um cenário de atraso, a Prio ainda apresentará um retorno atrativo. Se o investimento em perfuração for adiado, o FCFy pode aumentar para 27%, mantendo a empresa em uma posição favorável, mesmo diante de desafios.