Golpe de Estado

Governo Lula realiza atos em memória ao 8 de janeiro e à invasão das sedes dos Poderes

Dois anos após os ataques golpistas de 2023, eventos com reintegração de obras e cerimônias de lembrança marcarão a data.

Policiamento na Praça dos Três Poderes - Foto Lula Marques/ Agência Brasil
Policiamento na Praça dos Três Poderes - Foto Lula Marques/ Agência Brasil
  • O governo Lula realiza cerimônias em memória aos ataques golpistas de 2023, com reintegração de obras restauradas e ações de educação patrimonial
  • Senado, Câmara e STF não terão presença dos seus presidentes, sendo representados por vice-presidentes nas cerimônias em Brasília
  • O evento final contará com a participação de até mil pessoas, destacando o fortalecimento da democracia e das instituições brasileiras

Na manhã desta quarta-feira (8), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promove uma série de eventos em memória aos violentos atos de 8 de janeiro de 2023. Que resultaram, no entanto, na invasão e depredação das sedes dos Poderes em Brasília.

A data, que marca dois anos dos ataques golpistas, terá uma sequência de cerimônias no Palácio do Planalto.
Dessa forma, com o objetivo de recordar a violência sofrida e reforçar o compromisso com a democracia.

Embora o presidente tenha convidado os presidentes dos outros Poderes para participarem dos eventos e fortalecerem o peso político das comemorações, o Senado, a Câmara e o Supremo Tribunal Federal (STF) não terão a presença de seus principais representantes.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, confirmaram suas ausências.

O Senado enviará o vice-presidente Veneziano Vital do Rêgo, e o STF será representado por Edson Fachin, vice-presidente da Corte.

Este será o segundo ano consecutivo que Arthur Lira não comparece aos atos de 8 de janeiro; no ano passado, o presidente da Câmara alegou problemas de saúde na família e se ausentou do evento.

O evento

O evento oficial terá quatro momentos principais, começando às 9h30, com a reintegração de obras de arte danificadas nos ataques de 2023, na Sala de Audiências do Palácio do Planalto.

O acervo inclui peças restauradas, como o relógio do século XVII de Balthazar Martinot e André Boulle, presente da Corte francesa a Dom João VI. Além de uma ânfora portuguesa em cerâmica esmaltada.

Ambos os itens foram danificados durante os ataques e restaurados. Contudo, o relógio sendo enviado para a Suíça para os reparos.

Às 10h30, o segundo ato será realizado com o descerramento da obra As Mulatas, do renomado artista Di Cavalcanti. Além disso, alunos do Projeto de Educação Patrimonial entregarão réplicas das peças restauradas. Assim, incluindo a ânfora e a obra de Di Cavalcanti, ao presidente Lula.

Às 11h, no Salão Nobre do Planalto, ocorrerá o terceiro momento, uma cerimônia com a presença de autoridades, apesar das ausências já mencionadas. A cerimônia será uma oportunidade para reafirmar o compromisso com os princípios democráticos. E, ainda, com a reconstrução da integridade das instituições atacadas.

As autoridades

Após o evento no Palácio do Planalto, Lula e as autoridades presentes seguirão para o quarto e último ato, que ocorrerá na Praça dos Três Poderes.

O ato simbólico “Abraço da Democracia”, organizado pelo PT e movimentos sociais, visa reforçar a união em defesa das instituições democráticas.

A expectativa é que o evento conte com a participação de até mil pessoas. Incluindo, assim, 60 entidades representativas, de acordo com informações de integrantes do governo.

Apesar das ausências políticas, o evento em Brasília terá grande importância simbólica para o governo Lula. Que, dessa forma, busca reafirmar o compromisso com a democracia e as instituições, após os ataques de janeiro de 2023.

Ao longo dos atos, o governo também enfatizará a importância de um ambiente político mais harmonioso e respeitoso, diante das tensões recentes no cenário político nacional.

A agenda de lembrança e reintegração de obras de arte restauradas visa não apenas marcar o episódio traumático, mas também destacar a resiliência das instituições brasileiras frente a desafios tão sérios para a democracia.

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