O Ibovespa encerrou em queda acentuada nesta quarta-feira (18), atingindo seu menor nível de fechamento em seis meses, refletindo a persistente preocupação com o cenário fiscal brasileiro e os impactos das decisões do Federal Reserve dos Estados Unidos.
O índice de referência do mercado acionário brasileiro registrou uma queda de 2,99%, fechando a 120.969,78 pontos, conforme dados preliminares. Esse resultado marca o patamar mais baixo desde 20 de junho, intensificado por um pregão marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do contrato futuro do índice.
Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre 124.698,5 pontos, na máxima, e 120.457,48 pontos, na mínima, evidenciando a volatilidade exacerbada pelos eventos do mercado. O volume financeiro movimentado atingiu a marca de 31,5 bilhões de reais antes dos ajustes finais, destacando a intensidade das operações no pregão.
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Marfrig é única alta no Ibovespa; Automob e CVC lideram perdas
O Ibovespa sofreu fortes quedas nesta quarta-feira, com destaque para Marfrig (MRFG3), que fechou em alta, beneficiada pela valorização do dólar. A moeda norte-americana ajudou a impulsionar as ações do frigorífico, cujas receitas são atreladas à cotação do dólar.
Por outro lado, Automob (AMOB3) foi a maior perda, despencando 26%, apagando parte dos ganhos recentes. CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4) também sofreram perdas significativas, impactadas pelo fortalecimento do dólar e pela alta dos juros futuros. A perspectiva de uma taxa de juros elevada por mais tempo afetou diretamente o consumo das famílias, reduzindo a demanda por pacotes de viagens e reservas no exterior.
Os grandes nomes do Ibovespa também acompanharam o movimento negativo, com Vale (VALE3) registrando queda superior a 5% e Petrobras (PETR4; PETR3) recuando mais de 2%, mesmo diante da leve alta do petróleo.
