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Ibovespa encerra janeiro com alta, mas pressionado por tarifas de Trump e dados econômicos

Mercado financeiro reage a tarifas de Trump e dados econômicos, com Ibovespa encerrando janeiro em alta, mas sob pressão externa

Ibovespa encerra janeiro com alta, mas pressionado por tarifas de Trump e dados econômicos

O Ibovespa (IBOV) encerrou o mês de janeiro com alta de 4,86%, a primeira desde agosto de 2023, mas recuou 0,61% nesta sexta-feira (31), fechando em 126.134,94 pontos. A pressão veio de Wall Street, após a confirmação de que o governo Trump imporá tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México e 10% sobre a China a partir de sábado (1º). Na semana, o índice brasileiro acumulou ganhos de 3,01%.

O dólar à vista (USBRL) registrou a 10ª queda consecutiva, fechando a R$ 5,8366 (-0,28%). No mês, a moeda norte-americana desvalorizou-se 5,56%, a maior queda mensal desde junho de 2023. Na semana, acumulou baixa de 1,39%.

No cenário doméstico, os investidores reagiram aos dados do desemprego, que ficou em 6,2% no trimestre até dezembro, acima da expectativa de 6,1% projetada por economistas consultados pela Reuters. A taxa média anual de 2024 foi de 6,6%, abaixo dos 7,8% de 2023, marcando o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

Destaques do Ibovespa

A Petrobras (PETR4;PETR3) foi um dos destaques do dia, com ajuste de 6% no preço do diesel para distribuidoras, passando a R$ 3,72 por litro. O Itaú BBA avaliou a medida como positiva, destacando a “autonomia da empresa na execução de sua estratégia comercial”. Já a Vale (VALE3) recuou, sem referência do minério de ferro devido ao feriado do Ano Novo Chinês.

Na ponta positiva, Totvs (TOTS3) e BTG Pactual (BPAC11) lideraram as altas. Por outro lado, Vibra Energia (VBBR3) caiu mais de 5%, após o Goldman Sachs rebaixar sua recomendação de compra para neutro e reduzir o preço-alvo de R$ 27,40 para R$ 19,50. Magazine Luiza (MGLU3) foi a maior alta semanal (+17%), enquanto Braskem (BRKM5) teve o pior desempenho, com queda de quase 5%.

Exterior

Nos EUA, os índices fecharam em queda: Dow Jones (-0,75%), S&P 500 (-0,50%) e Nasdaq (-0,28%). O índice de preços PCE subiu 0,3% em dezembro, atingindo 2,6% no ano, acima da meta de 2% do Federal Reserve. A imposição de tarifas por Trump e os balanços corporativos, incluindo o da Apple, que caiu 1%, influenciaram o mercado. Em janeiro, porém, os índices registraram altas: Dow Jones (+4,7%), S&P 500 (+2,6%) e Nasdaq (+1,5%).